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13/03/2007
-
17h38
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois de quatro anos sem mandato político, o ex-deputado federal Augusto Farias (PTB-AL), irmão de Paulo César Farias, voltou nesta terça-feira à Câmara dos Deputados com a morte do deputado federal Gerônimo Ciqueira da Silva (PFL-AL), de quem era suplente. Farias foi empossado na tarde de hoje no plenário da Câmara e disse que volta "de cabeça erguida".
Em 1999, o ex-deputado chegou a ser indiciado pelo assassinato de PC Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino. Ele sempre negou a acusação. "Eu tenho muito orgulho de ser o irmão do Paulo César Farias. Para mim, ele é um irmão, foi um pai, tudo aquilo que a nossa família precisava", disse o deputado após ser empossado.
Farias deixou de lado a praxe adotada pelos suplentes que, em caso da morte de colegas, assumem o mandato somente sete dias após o falecimento. O deputado foi convocado hoje pela Mesa Diretora da Câmara para tomar posse e decidiu no mesmo dia assumir sua vaga na Casa --embora o regimento da Câmara permita a posse até 30 dias depois da convocação do suplente.
Apesar da rapidez para aceitar o cargo, o deputado argumentou que só teria sete dias para assumir a vaga. "O prazo é de até sete dias. Deixei passar o momento mais difícil e vim tomar posse. Se tomasse com sete dias, vocês [jornalistas] fariam a mesma pergunta. Não tive motivo para comemorar desde que soube a morte do colega. Até porque a minha religião é católica e eu não admito isso", enfatizou.
Collor
Farias retorna à Câmara quase ao mesmo tempo que o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi empossado no Senado Federal. PC Farias foi tesoureiro da campanha de Collor à Presidência e acabou assassinado após as denúncias de que estaria envolvido em um esquema de pagamento de propina que teria o aval de Collor. O processo, no entanto, foi arquivado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
"O Collor foi absolvido pelo Supremo. A melhor absolvição que você pode ter é nas urnas. Eu disputei cinco mandatos. A voz do povo é a voz de Deus. Quando o povo quer, está aí o Fernando Collor de volta. O sofrimento faz você mais humano, faz você ser mais bombeiro que incendiário. Espero que essa escola sirva para todos nós."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Augusto Farias
Leia o que já foi publicado sobre PC Farias
Irmão de PC Farias assume mandato na Câmara dos Deputados
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da Folha Online, em Brasília
Depois de quatro anos sem mandato político, o ex-deputado federal Augusto Farias (PTB-AL), irmão de Paulo César Farias, voltou nesta terça-feira à Câmara dos Deputados com a morte do deputado federal Gerônimo Ciqueira da Silva (PFL-AL), de quem era suplente. Farias foi empossado na tarde de hoje no plenário da Câmara e disse que volta "de cabeça erguida".
Em 1999, o ex-deputado chegou a ser indiciado pelo assassinato de PC Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino. Ele sempre negou a acusação. "Eu tenho muito orgulho de ser o irmão do Paulo César Farias. Para mim, ele é um irmão, foi um pai, tudo aquilo que a nossa família precisava", disse o deputado após ser empossado.
Farias deixou de lado a praxe adotada pelos suplentes que, em caso da morte de colegas, assumem o mandato somente sete dias após o falecimento. O deputado foi convocado hoje pela Mesa Diretora da Câmara para tomar posse e decidiu no mesmo dia assumir sua vaga na Casa --embora o regimento da Câmara permita a posse até 30 dias depois da convocação do suplente.
Apesar da rapidez para aceitar o cargo, o deputado argumentou que só teria sete dias para assumir a vaga. "O prazo é de até sete dias. Deixei passar o momento mais difícil e vim tomar posse. Se tomasse com sete dias, vocês [jornalistas] fariam a mesma pergunta. Não tive motivo para comemorar desde que soube a morte do colega. Até porque a minha religião é católica e eu não admito isso", enfatizou.
Collor
Farias retorna à Câmara quase ao mesmo tempo que o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi empossado no Senado Federal. PC Farias foi tesoureiro da campanha de Collor à Presidência e acabou assassinado após as denúncias de que estaria envolvido em um esquema de pagamento de propina que teria o aval de Collor. O processo, no entanto, foi arquivado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
"O Collor foi absolvido pelo Supremo. A melhor absolvição que você pode ter é nas urnas. Eu disputei cinco mandatos. A voz do povo é a voz de Deus. Quando o povo quer, está aí o Fernando Collor de volta. O sofrimento faz você mais humano, faz você ser mais bombeiro que incendiário. Espero que essa escola sirva para todos nós."
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