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16/03/2007
-
09h53
da Folha Online
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Cesar Asfor Rocha, marcou para esta sexta-feira os depoimentos de cinco testemunhas indicadas pelo PSDB-PFL na representação que investiga a suposta compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos.
Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), as testemunhas --Mário Lúcio Avelar, procurador da República em Cuiabá (MT); Geraldo Pereira, delegado da Polícia Federal; Edmilson Bruno, delegado da Polícia Federal; Sônia Filgueiras e Expedito Filho, jornalistas-- deverão comparecer independentemente de intimação.
Inicialmente, seriam ouvidas 13 pessoas no processo, mas alguns dos réus foram desistindo de testemunhas indicadas.
Caso dossiê
Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, então filiado ao PT do Mato Grosso, foram presos, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Eles estavam no hotel Ibis, e aguardavam por um emissário do empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, que levaria o dossiê contra políticos tucanos.
O emissário seria o tio do empresário, Paulo Roberto Dalcol Trevisan. A pedido de Vedoin, o tio entregaria em São Paulo o documento a Valdebran e Gedimar.
Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando o então candidato ao governo de São Paulo José Serra (PSDB) de envolvimento na máfia dos sanguessugas.
Ele disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Froud ou Freud". Após a denúncia, o assessor pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freud Godoy, pediu afastamento do cargo. Ele nega as acusações.
Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. Esse é o caso do então coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini. Seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê.
Lorenzetti foi afastado do cargo e Berzoini deixou a coordenação da campanha de Lula.
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Valdebran disse que recebeu parte do dinheiro de uma pessoa chamada "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do documento.
Em São Paulo, o então candidato ao governo Aloizio Mercadante (PT) afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação de uma reportagem na "IstoÉ" contra Serra.
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O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Cesar Asfor Rocha, marcou para esta sexta-feira os depoimentos de cinco testemunhas indicadas pelo PSDB-PFL na representação que investiga a suposta compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos.
Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), as testemunhas --Mário Lúcio Avelar, procurador da República em Cuiabá (MT); Geraldo Pereira, delegado da Polícia Federal; Edmilson Bruno, delegado da Polícia Federal; Sônia Filgueiras e Expedito Filho, jornalistas-- deverão comparecer independentemente de intimação.
Inicialmente, seriam ouvidas 13 pessoas no processo, mas alguns dos réus foram desistindo de testemunhas indicadas.
Caso dossiê
Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, então filiado ao PT do Mato Grosso, foram presos, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Eles estavam no hotel Ibis, e aguardavam por um emissário do empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, que levaria o dossiê contra políticos tucanos.
O emissário seria o tio do empresário, Paulo Roberto Dalcol Trevisan. A pedido de Vedoin, o tio entregaria em São Paulo o documento a Valdebran e Gedimar.
Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando o então candidato ao governo de São Paulo José Serra (PSDB) de envolvimento na máfia dos sanguessugas.
Ele disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Froud ou Freud". Após a denúncia, o assessor pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freud Godoy, pediu afastamento do cargo. Ele nega as acusações.
Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. Esse é o caso do então coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini. Seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê.
Lorenzetti foi afastado do cargo e Berzoini deixou a coordenação da campanha de Lula.
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Valdebran disse que recebeu parte do dinheiro de uma pessoa chamada "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do documento.
Em São Paulo, o então candidato ao governo Aloizio Mercadante (PT) afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação de uma reportagem na "IstoÉ" contra Serra.
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