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17/10/2000
-
04h03
LÉO GERCHMANN, da Agência Folha, em Porto Alegre
O ex-governador Leonel Brizola ameaçou expulsar seu filho, o ex-deputado federal fluminense José Vicente Brizola, 49, do PDT, em razão do apoio que ele dá, em Porto Alegre (RS), ao candidato do PT à prefeitura, Tarso Genro.
"Desejo até que ele faça carreira aqui (em Porto Alegre), mas ele vai ter que fazer outra inscrição, em outro partido. Embora seja meu filho, está incorrendo nas mesmas posições daqueles que estamos preconizando a expulsão", disse Brizola, referindo-se aos dissidentes do PDT.
De acordo com José Vicente, seu pai "se junta com os mais retrógrados". O PDT gaúcho vive sua maior crise desde a fundação, em 1980. Cerca de 90 pessoas se desfiliaram do partido. Tarso disputa o segundo turno com o Alceu Collares (PDT), o que levou parte dos pedetistas a deixar o governo Olívio Dutra (PT).
"O PDT se junta ao que há de mais conservador no Rio Grande do Sul. Então, que partido é esse? Que ideologia tem? Armam uma frente de direita contra o PT em Porto Alegre e colocam todo mundo na direita.
Esse partido é de direita, não serve mais para seus dissidentes nem para mim", declarou José Vicente, que vive em uma estância da família Brizola em Durazno, no Uruguai.
"O Vicente teve uma atitude que me surpreende, mas não me impressiona. Deixou-se embalar por alguma cantoria, resultado do isolamento em que vive lá no Uruguai", afirmou Brizola.
O vice-presidente do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) Sereno Chaise, uma das principais referências históricas do trabalhismo (era prefeito de Porto Alegre em 1964, quando foi cassado pelo regime militar, e é um dos maiores amigos de Brizola), afastou-se do PDT, foi para a Europa e, de lá, anunciou que apoiará Tarso quando retornar.
Aos pedetistas que deixaram o partido, somou-se Walter Nique, secretário da Fazenda quando Collares foi governador do Estado (91 a 94).
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Brizola ameaça filho de expulsão
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O ex-governador Leonel Brizola ameaçou expulsar seu filho, o ex-deputado federal fluminense José Vicente Brizola, 49, do PDT, em razão do apoio que ele dá, em Porto Alegre (RS), ao candidato do PT à prefeitura, Tarso Genro.
"Desejo até que ele faça carreira aqui (em Porto Alegre), mas ele vai ter que fazer outra inscrição, em outro partido. Embora seja meu filho, está incorrendo nas mesmas posições daqueles que estamos preconizando a expulsão", disse Brizola, referindo-se aos dissidentes do PDT.
De acordo com José Vicente, seu pai "se junta com os mais retrógrados". O PDT gaúcho vive sua maior crise desde a fundação, em 1980. Cerca de 90 pessoas se desfiliaram do partido. Tarso disputa o segundo turno com o Alceu Collares (PDT), o que levou parte dos pedetistas a deixar o governo Olívio Dutra (PT).
"O PDT se junta ao que há de mais conservador no Rio Grande do Sul. Então, que partido é esse? Que ideologia tem? Armam uma frente de direita contra o PT em Porto Alegre e colocam todo mundo na direita.
Esse partido é de direita, não serve mais para seus dissidentes nem para mim", declarou José Vicente, que vive em uma estância da família Brizola em Durazno, no Uruguai.
"O Vicente teve uma atitude que me surpreende, mas não me impressiona. Deixou-se embalar por alguma cantoria, resultado do isolamento em que vive lá no Uruguai", afirmou Brizola.
O vice-presidente do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) Sereno Chaise, uma das principais referências históricas do trabalhismo (era prefeito de Porto Alegre em 1964, quando foi cassado pelo regime militar, e é um dos maiores amigos de Brizola), afastou-se do PDT, foi para a Europa e, de lá, anunciou que apoiará Tarso quando retornar.
Aos pedetistas que deixaram o partido, somou-se Walter Nique, secretário da Fazenda quando Collares foi governador do Estado (91 a 94).
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