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28/03/2007
-
20h47
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
Usando o pronome "nós" para se referir ao governo federal, o ex-ministro José Dirceu (PT), cassado na Câmara sob a acusação de chefiar o mensalão, fez ontem em Fortaleza uma palestra sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) a um grupo de cerca de 300 agricultores.
Em sua fala, o ex-ministro explicou e defendeu o programa, principal estratégia de investimentos do governo federal neste novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em diversos momentos, ele usou o pronome pessoal "nós" para falar das decisões do governo, como se ainda fizesse parte da construção do programa.
"Quando vencemos as eleições no ano passado e começamos a pensar o novo governo...", disse, ao introduzir as explicações para a implantação do PAC, logo no começo da palestra. "Com o PAC, não estamos só pintando a casa, mas a estamos reformando toda", complementou.
Dirceu chegou a afirmar, em seu discurso, que não poderia dar detalhes técnicos das obras contempladas pelo PAC no Nordeste por não ser mais ministro, mas, logo depois, abriu seu notebook e relacionou várias delas, não só no Ceará, mas em outros Estados, com seus respectivos valores.
O ex-ministro está fora do governo Lula desde junho de 2005, quando saiu do ministério da Casa Civil para voltar à Câmara dos Deputados e se defender contra as denúncias de chefiar o mensalão. Em dezembro do mesmo ano, ele foi cassado.
Dirceu afirmou que tem viajado pelo país para fazer palestras e "se defender", mas negou que esteja fazendo uma "campanha" por sua anistia, para retomar sua elegibilidade.
"Não estou fazendo campanha, até porque não faria isso sozinho. Faço política, como sempre fiz. Tenho apoios em todo o país que, no momento certo, levantarão essa bandeira", disse, sob aplausos dos agricultores, que integram a Fetraece (Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Ceará).
"Independente do que acontecer, vocês vão sempre me ter como militante do PT."
Para o ex-ministro, os militantes deveriam estar na rua defendendo o governo, o PAC e uma reforma política. "A direita está fazendo campanha contra nós. Temos que agir", disse.
Depois da palestra, Dirceu disse à reportagem que falou sobre o PAC na condição de "cidadão brasileiro, como qualquer outro", e não em nome do governo federal.
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Dirceu fala sobre PAC como se fosse do governo
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da Agência Folha, em Fortaleza
Usando o pronome "nós" para se referir ao governo federal, o ex-ministro José Dirceu (PT), cassado na Câmara sob a acusação de chefiar o mensalão, fez ontem em Fortaleza uma palestra sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) a um grupo de cerca de 300 agricultores.
Em sua fala, o ex-ministro explicou e defendeu o programa, principal estratégia de investimentos do governo federal neste novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em diversos momentos, ele usou o pronome pessoal "nós" para falar das decisões do governo, como se ainda fizesse parte da construção do programa.
"Quando vencemos as eleições no ano passado e começamos a pensar o novo governo...", disse, ao introduzir as explicações para a implantação do PAC, logo no começo da palestra. "Com o PAC, não estamos só pintando a casa, mas a estamos reformando toda", complementou.
Dirceu chegou a afirmar, em seu discurso, que não poderia dar detalhes técnicos das obras contempladas pelo PAC no Nordeste por não ser mais ministro, mas, logo depois, abriu seu notebook e relacionou várias delas, não só no Ceará, mas em outros Estados, com seus respectivos valores.
O ex-ministro está fora do governo Lula desde junho de 2005, quando saiu do ministério da Casa Civil para voltar à Câmara dos Deputados e se defender contra as denúncias de chefiar o mensalão. Em dezembro do mesmo ano, ele foi cassado.
Dirceu afirmou que tem viajado pelo país para fazer palestras e "se defender", mas negou que esteja fazendo uma "campanha" por sua anistia, para retomar sua elegibilidade.
"Não estou fazendo campanha, até porque não faria isso sozinho. Faço política, como sempre fiz. Tenho apoios em todo o país que, no momento certo, levantarão essa bandeira", disse, sob aplausos dos agricultores, que integram a Fetraece (Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Ceará).
"Independente do que acontecer, vocês vão sempre me ter como militante do PT."
Para o ex-ministro, os militantes deveriam estar na rua defendendo o governo, o PAC e uma reforma política. "A direita está fazendo campanha contra nós. Temos que agir", disse.
Depois da palestra, Dirceu disse à reportagem que falou sobre o PAC na condição de "cidadão brasileiro, como qualquer outro", e não em nome do governo federal.
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