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20/04/2007 - 08h43

Justiça decreta prisão de empresário por fraudes na Copel

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JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina

O juiz da 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba, Sérgio Moro, decretou ontem a prisão preventiva do empresário Maurício Roberto Silva, por envolvimento em fraudes na Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) que teriam sido praticadas em 2002.

Maurício Roberto Silva já estava preso, preventivamente, por determinação da Justiça estadual, sob acusação de participação na compra de títulos podres pelo Detran (Departamento de Trânsito) do Paraná.

A nova prisão se refere à suposta participação de Silva, por meio de sua empresa Embracon (Empresa Brasileira de Consultoria), em um esquema que desviou R$ 16,8 milhões da Copel, em setembro de 2002.

O suposto esquema montado por Silva teria tido orientação dos doleiros Rogério Figueiredo Vieira, do Rio de Janeiro, e Alberto Youssef, de Londrina.

A Embracon era responsável pela pulverização de recursos recebido da Copel, por meio da compra de títulos podres e de falso contrato de prestação de serviços da Adifea (Associação dos Diplomados das Faculdades de Economia, Administração e Contabilidade), da USP (Universidade de São Paulo).

Depoimentos dos doleiros à Justiça Federal apontaram a atuação de Silva. O doleiro Youssef, que fez acordo de delação premiada com a Justiça Federal, afirmou que o resultado das operações, que totalizaram prejuízos de R$ 56,4 milhões à Copel, foram distribuídos no final de 2002 entre integrantes do governo Jaime Lerner (ex-PFL, hoje PSB, 1995-2002).

Em processo que está no STJ (Superior Tribunal de Justiça) por conta do foro privilegiado de vários acusados, Youssef aponta o ex-presidente e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná, Heinz Herwig, como responsável pela distribuição do dinheiro arrecadado entre políticos paranaenses.

O escritório de advocacia que atende Silva informou que só iria se pronunciar sobre a prisão após analisar os fatos que levaram à sua decretação.

Em nota, o conselheiro do TCE-PR Heinz Herwig negou "toda acusação de que tenha participado de qualquer esquema de corrupção ou de ação ou omissão que tenha causado prejuízo aos cofres públicos".

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