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21/04/2007
-
09h32
FREDERICO VASCONCELOS
LEANDRO BEGUOCI
da Folha de S.Paulo
A Polícia Federal informou que houve vazamento de informações para os suspeitos da Operação Têmis, o que prejudicou a busca e apreensão.
"Atrapalhou muito porque, embora a prova pré-constituída esteja muito boa, a PF assim o julga, muitas provas foram destruídas, subtraídas ou desaparecidas", afirmou ontem Geraldo José de Araújo, superintendente da PF em São Paulo.
O Ministério Público Federal e a PF apuraram que, por precaução, os suspeitos retiraram documentos de gabinetes, escritórios e veículos. Eles sabiam que estavam sendo investigados e previam operação de busca e apreensão. Alguns deles teriam se hospedado em hotéis dias antes da operação.
Durante as investigações, foram interceptadas com autorização judicial conversas suspeitas de magistrados e alguns dos membros da suposta quadrilha. Segundo Araújo, investigados souberam que estavam sendo monitorados por meio de funcionários da Telefônica, que, ainda segundo a polícia, teriam repassado a informação a um policial civil ligado ao suposto esquema, que avisou os demais supostos envolvidos.
"Funcionários da companhia telefônica envolvida na investigação, permita-me não dizer o nome, propiciaram o vazamento através desse policial civil. A partir dele chegou ao conhecimento dos próprios investigados. O prejuízo é grande", disse.
Luiz Roberto Ungaretti de Godoy, delegado da PF e um dos responsáveis pela operação, disse que o vazamento será investigado em inquérito.
"Houve, inclusive, um mandado de busca na própria empresa concessionária privada de telefonia", disse Ungaretti. Mandado de busca é autorização judiciária para a polícia vasculhar uma empresa ou uma residência, para colher provas.
STJ
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) não permitiu nem a prisão temporária dos investigados pela PF nem o bloqueio de suas contas. Em nota, a PF criticou o tribunal. "Foram também requeridas 43 prisões temporárias de todos os investigados que, entretanto, foram indeferidas pelo STJ". "A questão é que havia, no entendimento da polícia e do Ministério Público, elementos para prisão temporária, como a lei entende. Se iria ser bom ou não, íamos averiguar no momento das prisões", disse Godoy.
Felix Fischer, ministro do STJ que negou o pedido de prisão, não quis se pronunciar sobre o assunto.
Com colaboração da Folha de S.Paulo, em Brasília
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PF diz que vazamento prejudicou operação e faz críticas ao STJ
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LEANDRO BEGUOCI
da Folha de S.Paulo
A Polícia Federal informou que houve vazamento de informações para os suspeitos da Operação Têmis, o que prejudicou a busca e apreensão.
"Atrapalhou muito porque, embora a prova pré-constituída esteja muito boa, a PF assim o julga, muitas provas foram destruídas, subtraídas ou desaparecidas", afirmou ontem Geraldo José de Araújo, superintendente da PF em São Paulo.
O Ministério Público Federal e a PF apuraram que, por precaução, os suspeitos retiraram documentos de gabinetes, escritórios e veículos. Eles sabiam que estavam sendo investigados e previam operação de busca e apreensão. Alguns deles teriam se hospedado em hotéis dias antes da operação.
Durante as investigações, foram interceptadas com autorização judicial conversas suspeitas de magistrados e alguns dos membros da suposta quadrilha. Segundo Araújo, investigados souberam que estavam sendo monitorados por meio de funcionários da Telefônica, que, ainda segundo a polícia, teriam repassado a informação a um policial civil ligado ao suposto esquema, que avisou os demais supostos envolvidos.
"Funcionários da companhia telefônica envolvida na investigação, permita-me não dizer o nome, propiciaram o vazamento através desse policial civil. A partir dele chegou ao conhecimento dos próprios investigados. O prejuízo é grande", disse.
Luiz Roberto Ungaretti de Godoy, delegado da PF e um dos responsáveis pela operação, disse que o vazamento será investigado em inquérito.
"Houve, inclusive, um mandado de busca na própria empresa concessionária privada de telefonia", disse Ungaretti. Mandado de busca é autorização judiciária para a polícia vasculhar uma empresa ou uma residência, para colher provas.
STJ
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) não permitiu nem a prisão temporária dos investigados pela PF nem o bloqueio de suas contas. Em nota, a PF criticou o tribunal. "Foram também requeridas 43 prisões temporárias de todos os investigados que, entretanto, foram indeferidas pelo STJ". "A questão é que havia, no entendimento da polícia e do Ministério Público, elementos para prisão temporária, como a lei entende. Se iria ser bom ou não, íamos averiguar no momento das prisões", disse Godoy.
Felix Fischer, ministro do STJ que negou o pedido de prisão, não quis se pronunciar sobre o assunto.
Com colaboração da Folha de S.Paulo, em Brasília
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