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23/04/2007
-
12h11
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A Câmara dos Deputados não deve solicitar à Polícia Federal cópia do inquérito da Operação Hurricane que investiga a venda de sentenças para favorecer a máfia de jogos. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse hoje que não quer se responsabilizar pelo vazamento de informações caso dados sigilosos das investigações se tornem públicos.
"A minha preocupação é que se vem para a Câmara e se por algum motivo vaza uma informação que não poderia vazar, eu não quero repartir essa responsabilidade. O que prevalece até este momento é que a gente deve aguardar as investigações com serenidade e tomar as medidas que se couberem", afirmou.
Na semana passada, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) apresentou requerimento a Chinaglia para que a Câmara tivesse acesso aos documentos da PF. Miro argumenta que, como há indícios do envolvimento de parlamentares com o financiamento de campanhas eleitorais pelo jogo do bicho, a Câmara tem que acompanhar as investigações do Poder Judiciário.
Segundo Chinaglia, a Câmara não deve entrar nas investigações neste momento diante da prerrogativa da PF em cuidar do caso. "A investigação está sendo feita pela PF. Cabe às instituições zelarem por aquilo que significa segredo de Justiça ou de investigação. Portanto, nós vamos tomar todas as medidas no âmbito da Câmara a partir daquilo que formos notificados ou informados."
Na semana passada, reportagem da Folha citou nomes de alguns deputados federais supostamente envolvidos com a máfia dos jogos, como a deputada Marina Maggessi (PPS-RJ) e Simão Sessim (PP-RJ).
Inquérito da PF indica que há "indícios e provas" contra deputados que teriam sido beneficiados pelo esquema do jogo do bicho.
Chinaglia pediu que a Corregedoria da Câmara investigue o suposto envolvimento de Maggessi no esquema --já que a deputada foi a primeira a ter o nome citado no suposto financiamento.
O corregedor da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), sinalizou que deve repassar as investigações à Justiça Eleitoral, sem a participação direta da Câmara.
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da Folha Online, em Brasília
A Câmara dos Deputados não deve solicitar à Polícia Federal cópia do inquérito da Operação Hurricane que investiga a venda de sentenças para favorecer a máfia de jogos. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse hoje que não quer se responsabilizar pelo vazamento de informações caso dados sigilosos das investigações se tornem públicos.
"A minha preocupação é que se vem para a Câmara e se por algum motivo vaza uma informação que não poderia vazar, eu não quero repartir essa responsabilidade. O que prevalece até este momento é que a gente deve aguardar as investigações com serenidade e tomar as medidas que se couberem", afirmou.
Na semana passada, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) apresentou requerimento a Chinaglia para que a Câmara tivesse acesso aos documentos da PF. Miro argumenta que, como há indícios do envolvimento de parlamentares com o financiamento de campanhas eleitorais pelo jogo do bicho, a Câmara tem que acompanhar as investigações do Poder Judiciário.
Segundo Chinaglia, a Câmara não deve entrar nas investigações neste momento diante da prerrogativa da PF em cuidar do caso. "A investigação está sendo feita pela PF. Cabe às instituições zelarem por aquilo que significa segredo de Justiça ou de investigação. Portanto, nós vamos tomar todas as medidas no âmbito da Câmara a partir daquilo que formos notificados ou informados."
Na semana passada, reportagem da Folha citou nomes de alguns deputados federais supostamente envolvidos com a máfia dos jogos, como a deputada Marina Maggessi (PPS-RJ) e Simão Sessim (PP-RJ).
Inquérito da PF indica que há "indícios e provas" contra deputados que teriam sido beneficiados pelo esquema do jogo do bicho.
Chinaglia pediu que a Corregedoria da Câmara investigue o suposto envolvimento de Maggessi no esquema --já que a deputada foi a primeira a ter o nome citado no suposto financiamento.
O corregedor da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), sinalizou que deve repassar as investigações à Justiça Eleitoral, sem a participação direta da Câmara.
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