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09/05/2007 - 20h39

Em documento, CNBB aponta indício de corrupção no Judiciário

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SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha, em Indaiatuba

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou hoje, no encerramento de sua 45ª Assembléia Geral, em Indaiatuba (SP), documento no qual aponta a existência de uma "crise ética" no Congresso e manifesta preocupação com "fortes indícios de corrupção" no Judiciário.

Tradicionalmente divulgado ao final do encontro da entidade, o documento sobre o quadro político do país reafirma ainda a posição contrária dos bispos à legalização do aborto e ao uso de embriões humanos para fins terapêuticos e, indiretamente, à eutanásia.

O aborto tem sido alvo de polêmica entre o governo federal, que quer tratar a questão como tema de saúde pública, e a Igreja Católica, que não abre mão de sua posição. "É preciso defender a vida desde a aurora da concepção até o seu natural ocaso", diz o texto.

A declaração criticou a proposta de redução da maioridade penal para 16 anos, aprovada no último dia 16 pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, considerando-a um "paliativo que atinge os sintomas, não a raiz do problema da violência".

Sobre a atuação do governo federal, o documento afirma que os pobres estão sendo beneficiados pelos programas sociais, mas que é preciso avançar no desenvolvimento "com inclusão e com justiça social".

Na questão econômica, o documento coloca que a produção de etanol no Brasil não pode ser feita em detrimento da reforma agrária, do equilíbrio ecológico e da necessidade alimentar.

O documento foi elaborado por uma comissão e submetido à aprovação de todos os bispos presentes. A assembléia reuniu 330 bispos.

"Valorizamos o que tem de bom [no governo] sem endeusar, dizendo que é preciso ir à frente, principalmente com mudanças estruturais como a reforma política", disse d. Moacyr Grechi, arcebispo de Porto Velho (RO), que coordenou a comissão que elaborou o documento.

Na proposta inicial, o documento havia incluído propostas tiradas da 4ª Semana Social da entidade, realizada em novembro de 2006, entre as quais a regulação da economia pelo Estado e um plebiscito para avaliar supostas perdas causadas pela privatização da mineradora Vale do Rio Doce. As propostas foram retiradas na discussão em plenário.

Nova direção

Durante o encerramento, tomou posse a nova direção da CNBB, eleita durante a assembléia. D. Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG), que assumiu a presidência, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou a nova direção da CNBB a se reunir com os ministros da área social.

Sem citar o aborto, d. Geraldo Lyrio disse que a CNBB irá levar para a reunião com o governo todas as questões "referentes à vida, inclusive as que estão em andamento no Congresso".

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