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13/05/2007
-
21h29
REGIANE SOARES
Enviada especial da Folha Online a Aparecida
O bispo d. Antonio Celso Queirós, de Catanduva (385 km a noroeste de São Paulo), disse neste domingo que nenhuma das palavras do papa Bento 16 durante sua visita ao Brasil devem ser recebidas como um "puxão de orelha" aos católicos, mas sim como um beijo na América Latina.
"Nada do que foi dito [pelo papa] deve ser interpretado como um puxão de orelha. Muito do que falou foi como um beijo na América Latina", afirmou d. Celso, após a cerimônia de abertura da 5ª Celam (Conferência Geral do Episcopado Latino-americano), em Aparecida (167 km de SP).
O possível "puxão de orelha" foi a questão levantada por Bento 16 sobre a participação de líderes da Igreja Católica na política. "O que o papa fez foi um alerta sobre a ausência de cristãos comprometidos com a vida política do país que estão dispostos a sacrificar a carreira política em defesa dos compromissos cristãos", afirmou.
Para d. Celso, a igreja precisa estar mais presente na vida política do país, mas esse papel não deve ser desempenhado pela instituição e sim por leigos cristãos. "Isso [a política] não deve ser feito como igreja, e sim por leigos. Devemos apoiar os leigos a ter uma opção partidária", afirmou.
O bispo ressaltou ainda que atualmente se peca muito mais pela falta de cristãos comprometidos na política do que com "um ou outro padre exagerado em sua atitude partidária". "Acho que é isso que o papa lamenta", destacou d. Celso, ao sugerir que "padre que optar pela carreira política deve deixar o ministério".
Na avaliação de d. Celso, o papa não veio passar um "corretor final" nos textos que abordam temas polêmicos. "Ele veio animar a igreja, e todos os temas abordados são do cotidiano", afirmou.
O bispo acrescentou ainda que o fato de o papa ter vindo ao Brasil já tem um significado para a Igreja Católica do mundo.
Além disso, segundo o bispo, a forma como Bento 16 foi acolhido mostra que a igreja "não está fora de moda, mas viva e presente na realidade" do povo brasileiro".
Acompanhe ao vivo a visita do papa Bento 16 ao Brasil em tempo real na Folha Online.
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Bispo d. Celso diz que palavras de Bento 16 "são como um beijo"
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Enviada especial da Folha Online a Aparecida
O bispo d. Antonio Celso Queirós, de Catanduva (385 km a noroeste de São Paulo), disse neste domingo que nenhuma das palavras do papa Bento 16 durante sua visita ao Brasil devem ser recebidas como um "puxão de orelha" aos católicos, mas sim como um beijo na América Latina.
"Nada do que foi dito [pelo papa] deve ser interpretado como um puxão de orelha. Muito do que falou foi como um beijo na América Latina", afirmou d. Celso, após a cerimônia de abertura da 5ª Celam (Conferência Geral do Episcopado Latino-americano), em Aparecida (167 km de SP).
O possível "puxão de orelha" foi a questão levantada por Bento 16 sobre a participação de líderes da Igreja Católica na política. "O que o papa fez foi um alerta sobre a ausência de cristãos comprometidos com a vida política do país que estão dispostos a sacrificar a carreira política em defesa dos compromissos cristãos", afirmou.
Para d. Celso, a igreja precisa estar mais presente na vida política do país, mas esse papel não deve ser desempenhado pela instituição e sim por leigos cristãos. "Isso [a política] não deve ser feito como igreja, e sim por leigos. Devemos apoiar os leigos a ter uma opção partidária", afirmou.
O bispo ressaltou ainda que atualmente se peca muito mais pela falta de cristãos comprometidos na política do que com "um ou outro padre exagerado em sua atitude partidária". "Acho que é isso que o papa lamenta", destacou d. Celso, ao sugerir que "padre que optar pela carreira política deve deixar o ministério".
Na avaliação de d. Celso, o papa não veio passar um "corretor final" nos textos que abordam temas polêmicos. "Ele veio animar a igreja, e todos os temas abordados são do cotidiano", afirmou.
O bispo acrescentou ainda que o fato de o papa ter vindo ao Brasil já tem um significado para a Igreja Católica do mundo.
Além disso, segundo o bispo, a forma como Bento 16 foi acolhido mostra que a igreja "não está fora de moda, mas viva e presente na realidade" do povo brasileiro".
Acompanhe ao vivo a visita do papa Bento 16 ao Brasil em tempo real na Folha Online.
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