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16/05/2007 - 09h12

Sem-terra invadem sede do Incra em Recife

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da Agências Folha, em Recife
MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha

Cerca de 500 sem-terra ligados ao MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) invadiram terça-feira (15) a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Recife para protestar contra a exoneração da ex-superintendente do órgão em Pernambuco Maria de Oliveira.

A ação foi coordenada pelo líder do MLST Bruno Maranhão, que em junho de 2006 comandou a invasão do grupo à Câmara dos Deputados. Ele afirmou ontem que "os ânimos podem se acirrar no campo" caso Oliveira não seja renomeada.,

"Ela é uma guerreira e tem o perfil necessário para alavancar o processo em Pernambuco", declarou. "Não podemos aceitar um mandato-tampão, porque seria o suicídio da reforma agrária", disse.

O posto é hoje ocupado, interinamente, pelo historiador Francisco José Nascimento.

A crise após a saída de Oliveira levou o desembargador Gercino José da Silva Filho a pedir demissão da Ouvidoria Agrária Nacional na última sexta-feira.

Na Assembléia Legislativa do Estado, o deputado João Fernando Coutinho (PSB) reuniu assinaturas de 26 dos 49 parlamentares em apoio a manifesto pela permanência de Oliveira.

Filiada ao PSB, Maria de Oliveira afirma que sua saída da entidade tem relação com críticas públicas feitas ao ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e pelo fato de não ser do PT.

À Folha, na sexta-feira, ela afirmou que Cassel era fraco e não tinha postura de estadista nem audácia para enfrentar a questão agrária no país.

Procurado, o ministério reafirmou ontem que a saída de Oliveira ocorreu em razão de uma reformulação que é realizada no Incra. O instituto também não se pronunciou.

Ontem os sem-terra acamparam no pátio da superintendência e transitavam nos prédios sem serem incomodados.

Outras 300 pessoas deverão chegar ao Incra hoje. Amanhã, está prevista uma passeata até o palácio do governo para reivindicar mais empenho do Estado na causa. O MLST quer também o apoio de outros movimentos de luta pela terra.

A Folha apurou, contudo, que duas das maiores organizações, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a CPT (Comissão Pastoral da Terra), não vão aderir.

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