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17/05/2007 - 12h59

Lula pede reformas tributária, política, trabalhista e previdenciária

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje o apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social para debater e levar adiante as reformas tributária, política, trabalhista e previdenciária. Ele disse que é preciso vencer o medo de mudanças.

Para uma platéia formada por representantes da indústria, das centrais sindicais e da sociedade civil em geral, Lula reconheceu que todo mundo tem medo das reformas, vê dificuldade em alterar a situação com a qual já está acostumado, mas destacou que mesmo após "algum problema com a mudança no começo, ao longo do tempo, essa própria mudança, se for feita para melhor, vai criar vantagens pela qual ela foi feita".

No caso da reforma política, Lula sugeriu que o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), deputado Armando Monteiro, levante a bandeira dessa mudança para incentivar o Congresso Nacional a discutir o assunto.

Na avaliação do presidente, a reforma política dará mais clareza e representatividade aos partidos políticos, além de fortalecer a democracia brasileira.

Ao defender a reforma tributária, Lula disse que é preciso dar uma chance ao Brasil. "Não temos que pensar de forma corporativa", disse o presidente, referindo-se aos fatos políticos que adiam a discussão sempre que ela está a ponto de ser votada, como é o caso das eleições municipais de 2008.

"Nós temos que pensar nos Estados mais pobres", disse o presidente, ao comentar que a reforma tributária pode ser um instrumento para reduzir desigualdades entre as regiões. "Estou convencido que nós podemos preparar as reformas para fazer agora", completou.

Dirigindo-se aos representantes sindicais, que resistem a mudanças na legislação trabalhista e previdenciária, Lula disse que é preciso aproveitar o momento político para garantir direitos no futuro.

"Longe de mim tirar direito de trabalhador. Se eu não puder dar, tirar não tiro. Agora, não é possível que algumas coisas feitas em 1943 não precisem de mudanças [mais de 50 anos depois]", disse, ao comentar que as condições de trabalho mudaram nesse período, e que os dirigentes sindicais também evoluíram.

Ele apontou como exemplo de mudança que considera necessária a criação de um regime especial para a inclusão de jovens de 15 a 24 anos no mercado de trabalho. "Trabalhador diferente ele já é quando está na rua sem trabalhar", disse Lula.

O presidente disse ainda que a reforma da Previdência Social é necessária não para resolver problemas atuais, mas para o futuro. "Eu penso que a gente deve fazer o debate com a cabeça muito aberta, sem dogmas, sem medo, e pensando o que vai ser bom para o país", afirmou.

Na avaliação do presidente, a não realização das reformas pode deixar o seu projeto de governo "defeituoso".

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