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19/05/2007
-
08h55
FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em Aparecida
A América Latina passa por mudanças e é cenário do surgimento de uma nova cultura que "não é muito amiga da Igreja." Essa é uma das conclusões a que chegaram bispos após a primeira semana da 5ª Conferência Geral do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano), que acontece em Aparecida (SP) até o final do mês.
Na tarde de ontem, durante entrevista coletiva na basílica de Nossa Senhora Aparecida, foi apresentado um resumo das discussões feitas pelos bispos sobre um dos temas tratados no encontro: a atualidade.
De acordo com o presidente da Conferência Episcopal da Colômbia e bispo da cidade de Tunja, monsenhor Luis Augusto Castro, a Igreja deve decidir quais atitudes tomar diante dessa nova cultura e como se relacionar com ela.
"Podemos dizer que essa nova cultura não é muito amiga da Igreja. Estamos regressando àqueles tempos da Igreja primitiva, quando a cultura não era muito amiga do cristianismo porque era uma novidade. Temos que outra vez penetrar nessa cultura para transmitir o Evangelho", disse Castro.
O bispo colombiano apontou que a região evoluiu em relação aos direitos humanos. Ressaltou, porém, em referência a temas como a descriminalização do aborto no México, que os países da América Latina testemunharam o nascimento de um "câncer" na sociedade que coloca em risco a estrutura das famílias.
"A consciência sobre a dignidade humana cresceu muito no continente. Mas surgiram coisas que nunca havíamos pensado, como as decisões governamentais contra a vida e a família. Alguém pode pensar que essas decisões são próprias de alguns países. Mas são decisões continentais."
Sobre a perda de fiéis nos países da região, disse que os bispos constataram que a transmissão da fé cristã de uma geração para outra está se "debilitando", e culpou as famílias por isso. "A família é fundamental para a transmissão da fé, mas está falhando nesse sentido."
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América Latina é cenário do surgimento de nova cultura, concluem bispos
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da Agência Folha, em Aparecida
A América Latina passa por mudanças e é cenário do surgimento de uma nova cultura que "não é muito amiga da Igreja." Essa é uma das conclusões a que chegaram bispos após a primeira semana da 5ª Conferência Geral do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano), que acontece em Aparecida (SP) até o final do mês.
Na tarde de ontem, durante entrevista coletiva na basílica de Nossa Senhora Aparecida, foi apresentado um resumo das discussões feitas pelos bispos sobre um dos temas tratados no encontro: a atualidade.
De acordo com o presidente da Conferência Episcopal da Colômbia e bispo da cidade de Tunja, monsenhor Luis Augusto Castro, a Igreja deve decidir quais atitudes tomar diante dessa nova cultura e como se relacionar com ela.
"Podemos dizer que essa nova cultura não é muito amiga da Igreja. Estamos regressando àqueles tempos da Igreja primitiva, quando a cultura não era muito amiga do cristianismo porque era uma novidade. Temos que outra vez penetrar nessa cultura para transmitir o Evangelho", disse Castro.
O bispo colombiano apontou que a região evoluiu em relação aos direitos humanos. Ressaltou, porém, em referência a temas como a descriminalização do aborto no México, que os países da América Latina testemunharam o nascimento de um "câncer" na sociedade que coloca em risco a estrutura das famílias.
"A consciência sobre a dignidade humana cresceu muito no continente. Mas surgiram coisas que nunca havíamos pensado, como as decisões governamentais contra a vida e a família. Alguém pode pensar que essas decisões são próprias de alguns países. Mas são decisões continentais."
Sobre a perda de fiéis nos países da região, disse que os bispos constataram que a transmissão da fé cristã de uma geração para outra está se "debilitando", e culpou as famílias por isso. "A família é fundamental para a transmissão da fé, mas está falhando nesse sentido."
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