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26/10/2000
-
04h26
FERNANDA DA ESCÓSSIA, da Folha de S.Paulo
Juntos, os dois candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro -o ex-prefeito Cesar Maia (PTB) e o atual, Luiz Paulo Conde (PFL)- aumentaram em 312,9% a dívida do município entre 1992 e 1999.
No mesmo período, a curva de investimentos tem comportamento inverso: cai 44,3%. Em comparação com 1992, os investimentos caem em 1993 e 1994, sobem em 1995 e 1996 e, especialmente de 1996 a 1999, têm queda acentuada de 63,8%.
Os dados constam do Relatório de Desempenho Financeiro do Rio, disponível no site da Secretaria Municipal de Fazenda.
O galope do endividamento começou com Maia: ele recebeu de seu antecessor, Marcello Alencar, uma dívida de R$ 985 milhões em 31 de dezembro de 1992 e entregou a Conde -sucessor que ajudou a eleger e hoje é seu adversário- uma dívida de R$ 2,3 bilhões (aumento de 139,4%) em dezembro de 1996. Esse endividamento começou a crescer em 1993, com a emissão de títulos municipais (as "carioquinhas").
A curva de investimentos tem comportamento bem diferente nos dois governos: Maia reduziu os investimentos nos dois primeiros anos de sua gestão e concentrou-os nos dois últimos anos, especialmente em 1996, quando elegeu Conde como sucessor.
Em 1993, por exemplo, a prefeitura investiu só R$ 159 milhões -menos que os R$ 647,6 milhões investidos no seu último ano.
Já em 1996, Maia aproveitou seu R$ 1,2 bilhão em caixa e investiu esse valor em projetos como o Rio Cidade e o Favela Bairro (aumento de 699% em relação a 1993).
Conde, por sua vez, chegou ao final de 1999 com dívida de R$ 4 bilhões (aumento de 72,4%). Em 1999, renegociou com o governo federal a dívida mobiliária (em títulos), que foi zerada e transformada em dívida
contratual.
Em compensação, Conde reduziu os investimentos de R$ 538 milhões em 1997 para R$ 360 milhões em 1999 (redução de 33%) e R$ 460 milhões estimados em 2000 (redução de 14,5%). Se comparada com o último ano do governo Maia, a redução foi maior ainda, de 63,8%.
"Eu tenho de pagar a dívida que foi deixada pelo Cesar Maia. Preferi distribuir os investimentos ao longo dos quatro anos. Além do mais, investi na manutenção de programas de creche e na melhoria de hospitais,
despesas que contam como custeio", afirma.
Maia diz que a dívida cresceu por causa dos juros (com base na taxa
Selic) e afirma que emitiu as "carioquinhas" porque a autorização já fora obtida por seu antecessor, Marcello Alencar, no Senado Federal.
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No Rio, dívida aumenta e investimento cai
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Juntos, os dois candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro -o ex-prefeito Cesar Maia (PTB) e o atual, Luiz Paulo Conde (PFL)- aumentaram em 312,9% a dívida do município entre 1992 e 1999.
No mesmo período, a curva de investimentos tem comportamento inverso: cai 44,3%. Em comparação com 1992, os investimentos caem em 1993 e 1994, sobem em 1995 e 1996 e, especialmente de 1996 a 1999, têm queda acentuada de 63,8%.
Os dados constam do Relatório de Desempenho Financeiro do Rio, disponível no site da Secretaria Municipal de Fazenda.
O galope do endividamento começou com Maia: ele recebeu de seu antecessor, Marcello Alencar, uma dívida de R$ 985 milhões em 31 de dezembro de 1992 e entregou a Conde -sucessor que ajudou a eleger e hoje é seu adversário- uma dívida de R$ 2,3 bilhões (aumento de 139,4%) em dezembro de 1996. Esse endividamento começou a crescer em 1993, com a emissão de títulos municipais (as "carioquinhas").
A curva de investimentos tem comportamento bem diferente nos dois governos: Maia reduziu os investimentos nos dois primeiros anos de sua gestão e concentrou-os nos dois últimos anos, especialmente em 1996, quando elegeu Conde como sucessor.
Em 1993, por exemplo, a prefeitura investiu só R$ 159 milhões -menos que os R$ 647,6 milhões investidos no seu último ano.
Já em 1996, Maia aproveitou seu R$ 1,2 bilhão em caixa e investiu esse valor em projetos como o Rio Cidade e o Favela Bairro (aumento de 699% em relação a 1993).
Conde, por sua vez, chegou ao final de 1999 com dívida de R$ 4 bilhões (aumento de 72,4%). Em 1999, renegociou com o governo federal a dívida mobiliária (em títulos), que foi zerada e transformada em dívida
contratual.
Em compensação, Conde reduziu os investimentos de R$ 538 milhões em 1997 para R$ 360 milhões em 1999 (redução de 33%) e R$ 460 milhões estimados em 2000 (redução de 14,5%). Se comparada com o último ano do governo Maia, a redução foi maior ainda, de 63,8%.
"Eu tenho de pagar a dívida que foi deixada pelo Cesar Maia. Preferi distribuir os investimentos ao longo dos quatro anos. Além do mais, investi na manutenção de programas de creche e na melhoria de hospitais,
despesas que contam como custeio", afirma.
Maia diz que a dívida cresceu por causa dos juros (com base na taxa
Selic) e afirma que emitiu as "carioquinhas" porque a autorização já fora obtida por seu antecessor, Marcello Alencar, no Senado Federal.
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