Publicidade
Publicidade
26/10/2000
-
20h10
CARLOS ALBERTO DE SOUZA E LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O segundo turno em Caxias do Sul (RS), principal pólo industrial no Estado fora da região metropolitana de Porto Alegre, reedita um dos fatos mais marcantes da política gaúcha nos últimos anos: a bipolarização entre PMDB e PT.
Dois anos depois de perder o governo do Estado, com Antônio Britto, é a chance de o PMDB gaúcho se levantar e acumular força para uma revanche em 2002. Isso confere uma importância extra à eleição local, reconhecida por líderes dos dois partidos na disputa.
Além de Caxias do Sul, haverá segundo turno em Porto Alegre, Pelotas e Canoas. Em Caxias, a disputa entre o prefeito Pepe Vargas (PT) e o deputado estadual José Ivo Sartori (PMDB) está acirrada.
Em Porto Alegre, a última pesquisa Datafolha indicou diferença de 29 pontos percentuais entre o petista Tarso Genro (58%) e o pedetista Alceu Collares (29%). As pesquisas indicam empate técnico em Canoas (entre PT e PSDB) e vantagem para o PT, em Pelotas, contra o PPB.
Em Caxias do Sul _onde nasceu o senador Pedro Simon_, contrapõem-se os mesmos partidos que se enfrentaram para o governo do Estado em 94 e 98, quando as disputas só se decidiram no segundo turno. No primeiro confronto, Antônio Britto (PMDB) levou vantagem; no segundo, a vitória foi de Olívio Dutra (PT).
A vitória de Vargas era tida como provável, no primeiro turno, segundo as pesquisas. No segundo turno, vários partidos se aglutinaram em torno de Sartori.
O PT alega que enfrenta a dispersão de suas lideranças regionais entre as quatro cidades, o que o impediria de combater com a mesma intensidade os peemedebistas que têm ido a Caxias do Sul para dar apoio a Sartori.
"Somos o único partido que está no segundo turno nas quatro cidades no Rio Grande do Sul. Isso nos debilita em todos os municípios, pois temos de dar atenção a todas as candidaturas, e os adversários fizeram frentões anti-PT. Nossa militância sabe da importância dessas disputas e vai decidir as eleições a nosso favor", declarou o vice-presidente regional do PT, Selvino Heck.
Fundamental
O secretário-geral do PMDB regional, Wilson Cignachi, disse que a eleição em Caxias do Sul é "fundamental" para o retorno ao poder no Estado em 2002.
"É a segunda maior cidade do Rio Grande do Sul. Fazemos um trabalho intenso para essa conquista. Sartori é um candidato da base do PMDB. Se vencermos, vamos passar os quatro anos comparando o nosso projeto em Caxias do Sul com o projeto colocado em prática pelo PT no governo do Estado", afirmou.
O líder petista Luiz Inácio Lula da Silva disse considerar que a situação em Caxias do Sul é especial.
"Em Caxias, temos uma história peculiar. Toda eleição é uma guerra. Perdemos por 2.000 votos em 92. Em 96, ganhamos por 4.000 votos. Agora o que vai fazer a diferença, o que pode garantir 2.000 ou 3.000 votos de diferença, é a nossa militância. Estou convencido de que ganhamos nas quatro cidades gaúchas", disse Lula.
Leia mais no especial Eleições Online.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
Eleição em Caxias do Sul é centro de atenções no RS
Publicidade
da Agência Folha, em Porto Alegre
O segundo turno em Caxias do Sul (RS), principal pólo industrial no Estado fora da região metropolitana de Porto Alegre, reedita um dos fatos mais marcantes da política gaúcha nos últimos anos: a bipolarização entre PMDB e PT.
Dois anos depois de perder o governo do Estado, com Antônio Britto, é a chance de o PMDB gaúcho se levantar e acumular força para uma revanche em 2002. Isso confere uma importância extra à eleição local, reconhecida por líderes dos dois partidos na disputa.
Além de Caxias do Sul, haverá segundo turno em Porto Alegre, Pelotas e Canoas. Em Caxias, a disputa entre o prefeito Pepe Vargas (PT) e o deputado estadual José Ivo Sartori (PMDB) está acirrada.
Em Porto Alegre, a última pesquisa Datafolha indicou diferença de 29 pontos percentuais entre o petista Tarso Genro (58%) e o pedetista Alceu Collares (29%). As pesquisas indicam empate técnico em Canoas (entre PT e PSDB) e vantagem para o PT, em Pelotas, contra o PPB.
Em Caxias do Sul _onde nasceu o senador Pedro Simon_, contrapõem-se os mesmos partidos que se enfrentaram para o governo do Estado em 94 e 98, quando as disputas só se decidiram no segundo turno. No primeiro confronto, Antônio Britto (PMDB) levou vantagem; no segundo, a vitória foi de Olívio Dutra (PT).
A vitória de Vargas era tida como provável, no primeiro turno, segundo as pesquisas. No segundo turno, vários partidos se aglutinaram em torno de Sartori.
O PT alega que enfrenta a dispersão de suas lideranças regionais entre as quatro cidades, o que o impediria de combater com a mesma intensidade os peemedebistas que têm ido a Caxias do Sul para dar apoio a Sartori.
"Somos o único partido que está no segundo turno nas quatro cidades no Rio Grande do Sul. Isso nos debilita em todos os municípios, pois temos de dar atenção a todas as candidaturas, e os adversários fizeram frentões anti-PT. Nossa militância sabe da importância dessas disputas e vai decidir as eleições a nosso favor", declarou o vice-presidente regional do PT, Selvino Heck.
Fundamental
O secretário-geral do PMDB regional, Wilson Cignachi, disse que a eleição em Caxias do Sul é "fundamental" para o retorno ao poder no Estado em 2002.
"É a segunda maior cidade do Rio Grande do Sul. Fazemos um trabalho intenso para essa conquista. Sartori é um candidato da base do PMDB. Se vencermos, vamos passar os quatro anos comparando o nosso projeto em Caxias do Sul com o projeto colocado em prática pelo PT no governo do Estado", afirmou.
O líder petista Luiz Inácio Lula da Silva disse considerar que a situação em Caxias do Sul é especial.
"Em Caxias, temos uma história peculiar. Toda eleição é uma guerra. Perdemos por 2.000 votos em 92. Em 96, ganhamos por 4.000 votos. Agora o que vai fazer a diferença, o que pode garantir 2.000 ou 3.000 votos de diferença, é a nossa militância. Estou convencido de que ganhamos nas quatro cidades gaúchas", disse Lula.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice