Publicidade
Publicidade
03/09/2003
-
10h30
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
A arquitetura dos computadores consiste em processar sequências de uns e zeros. Mas o futuro reserva uma condição muito superior, em que uns e zeros se sobrepõem e são processados ao mesmo tempo. E já há várias empresas e instituições investindo nos embriões dessa tecnologia.
A multinacional HP (Hewlett-Packard), por exemplo, está apostando num acordo de cooperação com o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, para continuar a desenvolver o conhecimento necessário à criação do computador do futuro.
Embora os estudos ainda estejam na infância, já há resultados que os pesquisadores preferem não divulgar em artigos científicos. Em essência, os cientistas querem manipular sistemas para que eles se comportem no modo "quântico", de uma forma útil.
Uma das esquisitices das leis que regem as partículas é que nunca se pode saber tudo sobre um elétron ou outra peça elementar de matéria ou energia. Além disso, uma propriedade de uma partícula nunca é definida antes que alguém faça uma medição.
Para fazer com que o computador quântico processe zeros e uns simultaneamente, a idéia é explorar essa capacidade das partículas de estarem em dois ou mais estados simultâneos. "Procuramos sistemas em que a informação seja mantida nesse estado", explica Gilberto Medeiros, pesquisador do LNLS que coordena o trabalho com a HP em Campinas.
Com uma estrutura de cristal chamada de "ponto quântico", a equipe do LNLS está tentando fazer com que sinais de rádio dirigidos a esse sistema sejam capazes de controlar a forma como os elétrons do sistema processam os chamados quantum bits.
Dependendo do campo magnético gerado com o sinal de rádio, os cientistas demonstraram que é possível manipular o spin do elétron, uma de suas principais características. A tecnologia pode dar origem à chamada "spintrônica", que muitos consideram o próximo passo da eletrônica.
Segundo a HP Brasil, a empresa investiu em pesquisa e desenvolvimento no país cerca de R$ 139 milhões nos últimos cinco anos. A empresa acaba de criar um centro de pesquisa em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Computação quântica estimula parceria de empresa e laboratório
Publicidade
da Folha de S.Paulo
A arquitetura dos computadores consiste em processar sequências de uns e zeros. Mas o futuro reserva uma condição muito superior, em que uns e zeros se sobrepõem e são processados ao mesmo tempo. E já há várias empresas e instituições investindo nos embriões dessa tecnologia.
A multinacional HP (Hewlett-Packard), por exemplo, está apostando num acordo de cooperação com o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, para continuar a desenvolver o conhecimento necessário à criação do computador do futuro.
Embora os estudos ainda estejam na infância, já há resultados que os pesquisadores preferem não divulgar em artigos científicos. Em essência, os cientistas querem manipular sistemas para que eles se comportem no modo "quântico", de uma forma útil.
Uma das esquisitices das leis que regem as partículas é que nunca se pode saber tudo sobre um elétron ou outra peça elementar de matéria ou energia. Além disso, uma propriedade de uma partícula nunca é definida antes que alguém faça uma medição.
Para fazer com que o computador quântico processe zeros e uns simultaneamente, a idéia é explorar essa capacidade das partículas de estarem em dois ou mais estados simultâneos. "Procuramos sistemas em que a informação seja mantida nesse estado", explica Gilberto Medeiros, pesquisador do LNLS que coordena o trabalho com a HP em Campinas.
Com uma estrutura de cristal chamada de "ponto quântico", a equipe do LNLS está tentando fazer com que sinais de rádio dirigidos a esse sistema sejam capazes de controlar a forma como os elétrons do sistema processam os chamados quantum bits.
Dependendo do campo magnético gerado com o sinal de rádio, os cientistas demonstraram que é possível manipular o spin do elétron, uma de suas principais características. A tecnologia pode dar origem à chamada "spintrônica", que muitos consideram o próximo passo da eletrônica.
Segundo a HP Brasil, a empresa investiu em pesquisa e desenvolvimento no país cerca de R$ 139 milhões nos últimos cinco anos. A empresa acaba de criar um centro de pesquisa em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice
