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12/09/2003
-
10h12
GABRIELA ATHIAS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu mais uma vez criar condições para que os investimentos em ciência e tecnologia cresçam para 2% do PIB (Produto Interno Bruto), algo improvável se a política orçamentária do país seguir o rumo atual.
Ao reinstalar o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, em solenidade no Palácio do Planalto, Lula reafirmou que o Brasil continuará investindo em pesquisa espacial, apesar do acidente que matou, no mês passado, 21 pesquisadores e técnicos na base de Alcântara (MA).
"Temos o compromisso de prosseguir com nosso programa espacial", disse Lula. "Vamos testar em Alcântara, se Deus quiser, ainda no nosso governo, um outro protótipo do VLS-1 [Veículo Lançador de Satélites]". O acidente em Alcântara ocorreu durante a preparação do VLS-1.
"Para os próximos anos a meta é dobrar os investimentos atuais do setor, tanto os públicos quanto os privados, até alcançarmos 2% do PIB", discursou Lula.
Neste ano, o orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia é de R$ 1,8 bilhão, o que corresponde a 0,12% do PIB. Para 2004, segundo dados do Ministério do Planejamento, a pasta vai contar com R$ 2 bilhões, que correspondem a igual percentual do PIB.
Já os investimentos privados em ciência e tecnologia, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), atingiram em 2000 R$ 4,3 bilhões, o que na época correspondia a 0,4% do PIB. Esse é o último dado disponível dos investimentos privados para o setor.
Para que a pasta de Ciência e Tecnologia conte com recursos do Tesouro equivalentes a 2% do PIB, serão necessários R$ 34 bilhões. Isso é mais do que o governo gasta com Saúde, pasta que terá R$ 29 bilhões em 2004.
Lula também se comprometeu a aumentar o número de doutores formados anualmente no Brasil, dos atuais 6.000 para 10.000.
O ministro Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) discursou antes de Lula. Falou durante 30 minutos e não citou uma única vez o acidente de Alcântara.
Falta de mulheres
O presidente criticou a formação do conselho, cujos membros foram indicados por Amaral e nomeados por Lula: "Esse conselho é um clube do Bolinha. Não foi citado o nome de uma mulher, que é uma coisa que vamos ter de reparar daqui para frente, a não ser que alguém prove que não tem mulher cientista ou que não tem mulher no governo".
Presidido por Lula, o conselho é formado por 12 ministros e 12 titulares representantes da comunidade científica e do empresariado. A principal função do conselho é propor a política de ciência e tecnologia do país. Entre suas atribuições, há ainda a elaboração de planos e metas e prioridades do governo para o setor.
Lula promete de novo elevar investimento em ciência para 2% do PIB
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu mais uma vez criar condições para que os investimentos em ciência e tecnologia cresçam para 2% do PIB (Produto Interno Bruto), algo improvável se a política orçamentária do país seguir o rumo atual.
Ao reinstalar o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, em solenidade no Palácio do Planalto, Lula reafirmou que o Brasil continuará investindo em pesquisa espacial, apesar do acidente que matou, no mês passado, 21 pesquisadores e técnicos na base de Alcântara (MA).
"Temos o compromisso de prosseguir com nosso programa espacial", disse Lula. "Vamos testar em Alcântara, se Deus quiser, ainda no nosso governo, um outro protótipo do VLS-1 [Veículo Lançador de Satélites]". O acidente em Alcântara ocorreu durante a preparação do VLS-1.
"Para os próximos anos a meta é dobrar os investimentos atuais do setor, tanto os públicos quanto os privados, até alcançarmos 2% do PIB", discursou Lula.
Neste ano, o orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia é de R$ 1,8 bilhão, o que corresponde a 0,12% do PIB. Para 2004, segundo dados do Ministério do Planejamento, a pasta vai contar com R$ 2 bilhões, que correspondem a igual percentual do PIB.
Já os investimentos privados em ciência e tecnologia, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), atingiram em 2000 R$ 4,3 bilhões, o que na época correspondia a 0,4% do PIB. Esse é o último dado disponível dos investimentos privados para o setor.
Para que a pasta de Ciência e Tecnologia conte com recursos do Tesouro equivalentes a 2% do PIB, serão necessários R$ 34 bilhões. Isso é mais do que o governo gasta com Saúde, pasta que terá R$ 29 bilhões em 2004.
Lula também se comprometeu a aumentar o número de doutores formados anualmente no Brasil, dos atuais 6.000 para 10.000.
O ministro Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) discursou antes de Lula. Falou durante 30 minutos e não citou uma única vez o acidente de Alcântara.
Falta de mulheres
O presidente criticou a formação do conselho, cujos membros foram indicados por Amaral e nomeados por Lula: "Esse conselho é um clube do Bolinha. Não foi citado o nome de uma mulher, que é uma coisa que vamos ter de reparar daqui para frente, a não ser que alguém prove que não tem mulher cientista ou que não tem mulher no governo".
Presidido por Lula, o conselho é formado por 12 ministros e 12 titulares representantes da comunidade científica e do empresariado. A principal função do conselho é propor a política de ciência e tecnologia do país. Entre suas atribuições, há ainda a elaboração de planos e metas e prioridades do governo para o setor.
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