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12/09/2003
-
09h25
da Folha Online
Uma investigação conduzida por cientistas da Universidade de Harvard e da Universidade de Queensland, na Austrália, estimou que cerca de 4,84 milhões de mortes prematuras ocorridas em 2000 se devem aos efeitos do vício do fumo. Pior: o estudo mostra que essa proporção pode triplicar em pouco tempo se não forem adotadas medidas preventivas ao vício nos países mais pobres.
O estudo, publicado na edição desta semana da revista "The Lancet", afirma que, das 4,84 milhões de mortes, 2,43 milhões ocorreram em países industrializados e 2,41 em países em desenvolvimento.
Esse dado inspirou preocupação aos cientistas, visto que um quadro muito mais grave pode se desenhar no futuro considerando que, dos 1,1 bilhão de fumantes do mundo, aproximadamente 930 milhões estão em países em desenvolvimento.
Em outras palavras, o potencial de mortes nesses países em razão do cigarro é bastante alto se a proporção entre mortos e fumantes existente em países industrializados for igualada nos em desenvolvimento. Há o risco até de, nesses países, a proporção ser maior por conta dos sistemas de saúde deficientes que eles costumam apresentar.
"Como os danos do fumo se acumulam entre aqueles que começaram a fumar nas últimas décadas nos países em desenvolvimento nas últimas décadas, aliados a crescimento de população e envelhecimento, a mortalidade como resultado do vício crescerá substancialmente a não ser que políticas que o coíbam e o reduzam nesses países sejam implementadas", disse o pesquisador Majid Ezzati, da Universidade Harvard.
Dentre esses 4,84 milhões de mortos, 1,7 milhão morreu de doenças cardiovasculares, cerca de 970 mil por doenças crônicas de obstrução pulmonar e aproximadamente 850 mil de câncer de pulmão.
Aviso também aos fumantes do sexo masculino: 3,84 milhões dos mortos entre os 4,84 milhões eram homens, ou 79,3%. Nos países industrializados, a proporção sobe para 84%.
Cigarro mata 5 milhões em um ano no mundo, diz estudo
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Uma investigação conduzida por cientistas da Universidade de Harvard e da Universidade de Queensland, na Austrália, estimou que cerca de 4,84 milhões de mortes prematuras ocorridas em 2000 se devem aos efeitos do vício do fumo. Pior: o estudo mostra que essa proporção pode triplicar em pouco tempo se não forem adotadas medidas preventivas ao vício nos países mais pobres.
O estudo, publicado na edição desta semana da revista "The Lancet", afirma que, das 4,84 milhões de mortes, 2,43 milhões ocorreram em países industrializados e 2,41 em países em desenvolvimento.
Esse dado inspirou preocupação aos cientistas, visto que um quadro muito mais grave pode se desenhar no futuro considerando que, dos 1,1 bilhão de fumantes do mundo, aproximadamente 930 milhões estão em países em desenvolvimento.
Em outras palavras, o potencial de mortes nesses países em razão do cigarro é bastante alto se a proporção entre mortos e fumantes existente em países industrializados for igualada nos em desenvolvimento. Há o risco até de, nesses países, a proporção ser maior por conta dos sistemas de saúde deficientes que eles costumam apresentar.
"Como os danos do fumo se acumulam entre aqueles que começaram a fumar nas últimas décadas nos países em desenvolvimento nas últimas décadas, aliados a crescimento de população e envelhecimento, a mortalidade como resultado do vício crescerá substancialmente a não ser que políticas que o coíbam e o reduzam nesses países sejam implementadas", disse o pesquisador Majid Ezzati, da Universidade Harvard.
Dentre esses 4,84 milhões de mortos, 1,7 milhão morreu de doenças cardiovasculares, cerca de 970 mil por doenças crônicas de obstrução pulmonar e aproximadamente 850 mil de câncer de pulmão.
Aviso também aos fumantes do sexo masculino: 3,84 milhões dos mortos entre os 4,84 milhões eram homens, ou 79,3%. Nos países industrializados, a proporção sobe para 84%.
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