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16/09/2003
-
18h53
da Folha Online
Inibidores de enzimas podem retardar o desenvolvimento de tumores e levar a tratamentos que previnem a reincidência do câncer, segundo pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Texas.
O estudo, publicado na edição deste mês da revista "Cancer Research", utilizou inibidores de telomerase, uma enzima que mantém telômeros ativos e é encontrada na maior parte das células cancerosas, mas não nas saudáveis.
Telômeros são sequências repetidas de DNA no fim de cada cromossomo, que acredita-se, agem como mecanismos de contagem do envelhecimento celular. Se forem mantidos ativos ou tiverem seu funcionamento desregulado, eles podem causar a reprodução desenfreada das células, ação que caracteriza o câncer.
Inibidores de telomerase, porém, oferecem alguns desafios à terapia. Estudos anteriores descobriram que era preciso aplicar os inibidores por muitos meses antes que os tumores pudessem ser significativamente reduzidos.
Proliferação barrada
Os pesquisadores da Universidade do Texas trataram células humanas cancerosas cultivadas em laboratório com um composto que bloqueia a atividade da telomerase, acabando com a proliferação das células depois de apenas algumas semanas.
Além disso, células de câncer de próstata tratadas com o inibidor mal formaram tumores em ratos e geraram níveis muito baixos de antígeno prostático específico (PSA), um marcador associado à malignidade do câncer. Células tratadas com um composto similar mas que não inibia a ação da telomerase formaram tumores grandes com altos níveis de PSA.
"A telomerase é considerada como algo promissor para a terapia. Nossos resultados sugerem que se conseguirmos inibi-la em tumores e diminuir o tamanho dos telômeros, poderemos retardar seu crescimento", afirma David Corey, que chefiou a equipe de pesquisadores.
Combinação de tratamentos
Os pesquisadores também descobriram que quando o inibidor de telomerase é combinado com tratamentos comuns contra o câncer há mais eficácia no combate à doença. Corey diz que esses resultados sugerem que uma redução relativamente pequena no tamanho dos telômeros das células cancerosas é suficiente para reduzir o crescimento do tumor.
"Ninguém está sugerindo que inibidores da telomerase sozinhos podem curar o câncer, mas em conjunto com terapias comuns, elas podem diminuir ou evitar a reincidência dos tumores depois que o câncer inicial tiver sido removido por cirurgia, radiação e quimioterapia", disse Corey. "Considerando que a maioria dos pacientes morre em razão de reincidência do câncer, a eficácia dos inibidores de telomerase podem ter um grande impacto no tratamento de muitos tipos diferentes da doença."
Inibidores de enzimas podem retardar desenvolvimento do câncer
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Inibidores de enzimas podem retardar o desenvolvimento de tumores e levar a tratamentos que previnem a reincidência do câncer, segundo pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Texas.
O estudo, publicado na edição deste mês da revista "Cancer Research", utilizou inibidores de telomerase, uma enzima que mantém telômeros ativos e é encontrada na maior parte das células cancerosas, mas não nas saudáveis.
Telômeros são sequências repetidas de DNA no fim de cada cromossomo, que acredita-se, agem como mecanismos de contagem do envelhecimento celular. Se forem mantidos ativos ou tiverem seu funcionamento desregulado, eles podem causar a reprodução desenfreada das células, ação que caracteriza o câncer.
Inibidores de telomerase, porém, oferecem alguns desafios à terapia. Estudos anteriores descobriram que era preciso aplicar os inibidores por muitos meses antes que os tumores pudessem ser significativamente reduzidos.
Proliferação barrada
Os pesquisadores da Universidade do Texas trataram células humanas cancerosas cultivadas em laboratório com um composto que bloqueia a atividade da telomerase, acabando com a proliferação das células depois de apenas algumas semanas.
Além disso, células de câncer de próstata tratadas com o inibidor mal formaram tumores em ratos e geraram níveis muito baixos de antígeno prostático específico (PSA), um marcador associado à malignidade do câncer. Células tratadas com um composto similar mas que não inibia a ação da telomerase formaram tumores grandes com altos níveis de PSA.
"A telomerase é considerada como algo promissor para a terapia. Nossos resultados sugerem que se conseguirmos inibi-la em tumores e diminuir o tamanho dos telômeros, poderemos retardar seu crescimento", afirma David Corey, que chefiou a equipe de pesquisadores.
Combinação de tratamentos
Os pesquisadores também descobriram que quando o inibidor de telomerase é combinado com tratamentos comuns contra o câncer há mais eficácia no combate à doença. Corey diz que esses resultados sugerem que uma redução relativamente pequena no tamanho dos telômeros das células cancerosas é suficiente para reduzir o crescimento do tumor.
"Ninguém está sugerindo que inibidores da telomerase sozinhos podem curar o câncer, mas em conjunto com terapias comuns, elas podem diminuir ou evitar a reincidência dos tumores depois que o câncer inicial tiver sido removido por cirurgia, radiação e quimioterapia", disse Corey. "Considerando que a maioria dos pacientes morre em razão de reincidência do câncer, a eficácia dos inibidores de telomerase podem ter um grande impacto no tratamento de muitos tipos diferentes da doença."
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