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18/09/2003
-
10h45
RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo
A legislação que deveria proteger o patrimônio genético brasileiro contra a biopirataria também está fazendo o contrário. Está impedindo os pesquisadores brasileiros de estudarem a biodiversidade do país e contribuírem para a conservação, segundo palestras de três cientistas ontem no 49º Congresso Nacional de Genética, em Águas de Lindóia.
A medida provisória 2.186/01, dizem os cientistas, prejudica seus estudos ao impor uma extensa burocracia para a coleta de amostras ou dados. "Foi mais fácil obter uma amostra de peixe-boi da Flórida do que de um que está em Itamaracá", diz Fabrício Rodrigues dos Santos, da Universidade Federal de Minas Gerais.
E os animais estudados pelos cientistas são brasileiros clássicos: o lobo-guará, o peixe-boi amazônico e os papagaios. São espécies "carismáticas", segundo os pesquisadores, cuja preservação permite preservar todo o ecossistema, onde vivem bichos menos "bonitinhos".
"Eu trabalho ilegalmente", disse Cristina Miyaki, do Instituto de Biociências da USP. "A lei atrapalha os estudos genéticos necessários para aprimorar o manejo de espécies", declara Sandro Bonatto, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
MP da biopirataria atrapalha cientistas
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da Folha de S.Paulo
A legislação que deveria proteger o patrimônio genético brasileiro contra a biopirataria também está fazendo o contrário. Está impedindo os pesquisadores brasileiros de estudarem a biodiversidade do país e contribuírem para a conservação, segundo palestras de três cientistas ontem no 49º Congresso Nacional de Genética, em Águas de Lindóia.
A medida provisória 2.186/01, dizem os cientistas, prejudica seus estudos ao impor uma extensa burocracia para a coleta de amostras ou dados. "Foi mais fácil obter uma amostra de peixe-boi da Flórida do que de um que está em Itamaracá", diz Fabrício Rodrigues dos Santos, da Universidade Federal de Minas Gerais.
E os animais estudados pelos cientistas são brasileiros clássicos: o lobo-guará, o peixe-boi amazônico e os papagaios. São espécies "carismáticas", segundo os pesquisadores, cuja preservação permite preservar todo o ecossistema, onde vivem bichos menos "bonitinhos".
"Eu trabalho ilegalmente", disse Cristina Miyaki, do Instituto de Biociências da USP. "A lei atrapalha os estudos genéticos necessários para aprimorar o manejo de espécies", declara Sandro Bonatto, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
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