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24/09/2003 - 15h15

Detecção precoce e tratamento diminuem risco de câncer de próstata

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da Agência Lusa

A detecção precoce e os tratamentos hormonais reduziram significativamente a taxa de mortalidade por câncer da próstata na Europa Ocidental e na América do Norte nos últimos dez anos, indica estudo divulgado hoje.

Após um lento crescimento nos anos 70 e 80, a taxa de mortalidade da doença baixou um terço desde 1990 na América do Norte e 20% na Europa Ocidental na faixa etária entre os 65 e os 74 anos, segundo Richard Peto, professor de estatísticas médicas da Universidade de Oxford (Reino Unido).

O cientista apresentava em Copenhagen, durante um congresso médico europeu, os resultados de 40 anos de pesquisa sobre esta doença, que mata mais de 200 mil pessoas por ano em todo o mundo.

Tratamento hormonal

Para Richard Peto, responsável por vários estudos de avaliação dos tratamentos e riscos do câncer, a taxa de mortalidade tem baixado graças à detecção precoce, a intervenções cirúrgicas mais rápidas e a melhor radioterapia, mas as vantagens do tratamento hormonal têm sido subestimadas.

Segundo vários estudos que envolveram 5.000 pacientes, quando os médicos prescreveram tratamentos hormonais imediatamente, em vez de esperarem pela progressão da doença, o risco de morte nos dez anos seguintes baixou um terço.

"Isto mostra claramente que o tratamento resulta", comentou Michael Thun, chefe do departamento de epidemiologia da American Cancer Society.

Esperança de vida

Para Otilia Dalesio, directora do serviço de Biométrica no Intituto de Oncologia holandês, "a despistagem precoce do câncer da próstata e um tratamento hormonal imediato podem, como no caso do câncer da mama, aumentar em dez anos a esperança de vida dos pacientes".

"Há já muito tempo que os tratamentos hormonais estão disponíveis, mas os médicos tinham relutância em receitá-los por provocarem impotência", disse Peto.

Todavia, acrescentou, "os medicamentos melhoraram bastante e parecem ter o efeito desejado sem causar impotência".

"Nos anos 80 havia a convicção generalizada de que o tratamento hormonal não resultava nos câncers da próstata e da mama", afirmou. "Havia a sensação de que pouco ou nada fazia pela sobrevivência. Isso simplesmente não é verdade."
 

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