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12/11/2000 - 10h08

Árvore "jovem" absorve mais carbono

da Reuters

Deixar florestas crescerem em terrenos de fazendas abandonadas e em áreas de exploração florestal pode fazer mais que embelezar a região -elas podem acumular gases-estufa, responsáveis pelo aquecimento global. Mas, conforme as florestas se desenvolvem, o efeito vai se reduzindo, segundo pesquisadores da Universidade Princeton, nos EUA.

Segundo os resultados do estudo, publicados na revista "Science", conforme as árvores crescem, elas consomem grandes quantidades de gás carbônico.

Estima-se que 6 bilhões de toneladas de gás carbônico sejam lançados na atmosfera a cada ano -muito disso pela queima de combustíveis fósseis como petróleo e carvão. Mas apenas entre 3 bilhões e 4 bilhões de toneladas ficam acumulados na atmosfera, criando o cobertor de gases que impede que o calor escape para o espaço -o efeito estufa.

Estudos científicos sugerem que grandes áreas de cobertura vegetal, como florestas e savanas, acumulem parte desse carbono -fato nada surpreendente, levando-se em conta que as plantas usam gás carbônico como combustível para alimentar seu crescimento.

Esse efeito parece estar sendo muito notado nos EUA, em um fenômeno que ficou conhecido como o "sumidouro de carbono norte-americano".

Os cientistas que tentam explicar como isso poderia estar ocorrendo propõem que o aumento de carbono na atmosfera está agindo como um fertilizante, aumentando a taxa de crescimento das árvores. Outros sugerem que o nitrogênio proveniente de emissões de automóveis e de poluição industrial estivesse se fixando na terra e agindo como fertilizante.

A equipe de John Casperson, o ecólogo que liderou o estudo, decidiu verificar para onde o carbono estava indo, comparando o crescimento de florestas novas ao das mais antigas, usando dados da agência florestal dos EUA.

O grupo descobriu que a maior parte da fixação do carbono pode ser atribuída ao crescimento das árvores mais novas. Eles estudaram novas florestas em Minnesota, Michigan, Virgínia, Carolina do Norte e Flórida.

Casperson acredita que o sumidouro deva deixar de existir conforme as árvores continuem a crescer, "a não ser que ocorra algum efeito futuro de fertilização".

Ele diz que o governo poderia utilizar as informações da pesquisa para fazer futuras projeções do aquecimento da Terra.
 

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