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09/12/2003
-
13h51
da Agência Lusa
Astrônomos franceses detectaram pela primeira vez a molécula do monóxido de carbono (CO) na atmosfera de Urano, o sétimo planeta do sistema solar, graças a um telescópio superpotente instalado no Chile.
Segundo a equipe de pesquisadores, chefiada por Thérèse Encrenaz, do Centro nacional de Investigação Científica, Observatório de Paris e Universidades Paris VI e Paris VII, a origem desta molécula é externa ao planeta --ela pode ter chegado a Urano em micrometeoritos, por exemplo.
Apesar do seu estatuto comum de "gigantes gelados" do Sistema Solar, os planetas Urano e Netuno, de tamanho e densidades semelhantes, apresentam surpreendentes diferenças.
Moléculas de monóxido de carbono (CO) e de ácido cianídrico (HCN) foram observadas em abundância na estratosfera de Netuno por espectroscopia milimétrica, embora não tenham sido detectadas em Urano.
Além disso, a atmosfera de Netuno possui grande abundância de CO --se comparada às atmosferas de Júpiter ou Saturno, por exemplo. Isso sugere que essa molécula provém essencialmente do interior do planeta, o que tem implicações no seu cenário de formação.
Porém novas medições, realizadas no domínio dos infravermelhos, acabam de permitir a detecção de CO na atmosfera de Urano. Elas foram possíveis graças à enorme sensibilidade do espectrômetro infravermelho Isaac, montado no telescópio de oito metros do Very Large Telescope, no ESO (European Southern Observatory), no Chile.
Quanto à pouca presença de CO na troposfera de Urano, ela poderá indicar diferenças estruturais entre os dois planetas. A atmosfera de Netuno parece de fato muito mais turbulenta que a de Urano, e o calor interno de Netuno, medido pela sonda Voyager 2, é também claramente mais intenso.
A energia interna de Netuno alimentaria a agitação atmosférica por convecção e favoreceria a subida de monóxido de carbono produzido no seu interior, mecanismo este que estaria ausente no caso de Urano.
Franceses detectam monóxido de carbono na atmosfera de Urano
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Astrônomos franceses detectaram pela primeira vez a molécula do monóxido de carbono (CO) na atmosfera de Urano, o sétimo planeta do sistema solar, graças a um telescópio superpotente instalado no Chile.
Segundo a equipe de pesquisadores, chefiada por Thérèse Encrenaz, do Centro nacional de Investigação Científica, Observatório de Paris e Universidades Paris VI e Paris VII, a origem desta molécula é externa ao planeta --ela pode ter chegado a Urano em micrometeoritos, por exemplo.
Apesar do seu estatuto comum de "gigantes gelados" do Sistema Solar, os planetas Urano e Netuno, de tamanho e densidades semelhantes, apresentam surpreendentes diferenças.
Moléculas de monóxido de carbono (CO) e de ácido cianídrico (HCN) foram observadas em abundância na estratosfera de Netuno por espectroscopia milimétrica, embora não tenham sido detectadas em Urano.
Além disso, a atmosfera de Netuno possui grande abundância de CO --se comparada às atmosferas de Júpiter ou Saturno, por exemplo. Isso sugere que essa molécula provém essencialmente do interior do planeta, o que tem implicações no seu cenário de formação.
Porém novas medições, realizadas no domínio dos infravermelhos, acabam de permitir a detecção de CO na atmosfera de Urano. Elas foram possíveis graças à enorme sensibilidade do espectrômetro infravermelho Isaac, montado no telescópio de oito metros do Very Large Telescope, no ESO (European Southern Observatory), no Chile.
Quanto à pouca presença de CO na troposfera de Urano, ela poderá indicar diferenças estruturais entre os dois planetas. A atmosfera de Netuno parece de fato muito mais turbulenta que a de Urano, e o calor interno de Netuno, medido pela sonda Voyager 2, é também claramente mais intenso.
A energia interna de Netuno alimentaria a agitação atmosférica por convecção e favoreceria a subida de monóxido de carbono produzido no seu interior, mecanismo este que estaria ausente no caso de Urano.
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