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26/12/2003 - 08h12

Para a Europa, viajar para Marte vale mais que a viagem

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BRUNO VERSOLATO
da Folha Online

A Europa tem muito que se orgulhar de suas façanhas. Descobriu o novo mundo em caravelas e também em um navio um europeu descobriu a lei intrínseca que rege as espécies.

Agora a Europa comemora a conquista do último rincão distante explorado exclusivamente pelos norte-americanos. A Europa chegou a Marte.

"A Europa pode ficar orgulhosa por ter vencido sua aposta de tomar posição em Marte", comemorou David Southwood, diretor da Agência Espacial Européia (ESA).

"É um sonho antigo que se torna realidade, temos uma missão em Marte que funciona", declarou Gaele Winters, diretor de operações técnicas da ESA.

Funcionava até a captura da nave pela órbita de Marte.

O velho continente não queria apenas tomar posições em Marte como quem toma lugar no mercado de ações. Queria marcar o terreno. Pisar no planeta vermelho e mostrar que não é somente o robozinho americano que pisa no solo vermelho.

Mas até hoje à noite o módulo britânico Beagle-2 não havia dado sinais de vida. "Foi uma noite muito importante para a Europa, chegamos à Marte, e não se trata apenas de ciência", disse Southwood, diretor científico da ESA.

O nome do módulo tem, talvez, tanto significado quanto a própria missão: achar vestígios de vida em Marte. Beagle é o nome do navio em que Charles Darwin viajou pelo mundo e percebeu uma lógica na evolução das espécies.

"Porém, a história não acabou", disse Soutwood. "Estamos certos de que o Beagle pousou na superfície e agora só resta receber suas notícias".

"Teremos uma boa oportunidade de contato antes das 23h GMT (21h de Brasília), graças ao radiotelescópio de Jodrell Bank, perto de Manchester, e outra possibilidade de contato com a Mars Odyssey na sexta-feira", informou o cientista.

Depois desse período, a única coisa que a Europa terá para se orgulhar será que o continente chegou a Marte. Não como queria, mas chegou.
 

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