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14/01/2004
-
17h13
da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos George W. Bush propõe o desenvolvimento de uma nave capaz de levar astronautas norte-americanos à Lua até 2015, com o objetivo de estabelecer uma base permanente no satélite natural da Terra. A base lunar serviria de trampolim para futuras missões tripuladas a Marte.
Comunicado da Casa Branca também afirma que os Estados Unidos devem se retirar do projeto ISS (Estação Espacial Internacional) até 2010, ano em que os ônibus espaciais devem ser substituídos por outro tipo de nave.
O custo extra do novo programa espacial será de US$ 12 bilhões em cinco anos, mas esta soma virá, essencialmente, da redistribuição do atual orçamento da Nasa, segundo a Casa Branca. "A parte básica virá da redistribuição de 11 bilhões de dólares previstos no orçamento de US$ 86 bilhões da Nasa para os próximos cinco anos", diz o documento.
Para o ano fiscal de 2005, o presidente pedirá ao Congresso um orçamento adicional de US$ 1 bilhão. Em relação ao atual orçamento anual da Nasa de 15,4 bilhões de dólares, a proposta do presidente aumentará em média 5% ao ano nos próximos três anos e cerca de 1% ou menos nos dois anos seguintes.
Reforço na Nasa
O projeto foi concebido para reforçar a agência espacial norte-americana, após o desastre com o ônibus espacial Columbia, em fevereiro do ano passado. A comissão de investigação do acidente concluiu que a Nasa carecia de metas claras para seu programa tripulado.
A idéia é manter a frota atual de naves recuperáveis somente até a conclusão da montagem da ISS (Estação Espacial Internacional). Depois disso, os três veículos (Atlantis, Discovery e Endeavour) seriam aposentados, e os EUA reduziriam sua participação na manutenção do complexo orbital.
Remanejando recursos, a Nasa então daria início a um programa de desenvolvimento de um novo veículo, capaz não só de enviar tripulações à ISS, mas também de promover viagens além da órbita terrestre baixa. O objetivo seria levar astronautas à Lua --desta vez para a construção de uma base em solo lunar.
Os EUA enfrentam hoje uma crise de déficit fiscal, que deve perdurar pelos próximos anos. Ontem, o presidente foi questionado a respeito do anúncio, na Cúpula Extraordinária das Américas, no México. Ele não antecipou nada e foi vago: "O espírito será de exploração contínua e de busca de novos horizontes, investindo num programa que atinja essa meta".
País dividido
Em ano de eleição presidencial, é difícil não associar a iniciativa de Bush da corrida pela reeleição. Nesse caso, entretanto, não está claro que o novo rumo do programa espacial possa ajudá-lo.
Uma pesquisa de opinião pública encomendada pela agência de notícias Associated Press mostra um país dividido em torno da iniciativa. Num total de mil americanos entrevistados, 48% apóiam a idéia --exatamente o mesmo número de opositores.
A maioria disse apoiar genericamente o envio contínuo de seres humanos ao espaço. Entretanto, se estivessem entre gastar dinheiro em projetos de educação e saúde ou em pesquisa espacial, 55% deles fariam a primeira opção.
Bush propõe criar nave para levar o homem à Lua até 2015
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O presidente dos Estados Unidos George W. Bush propõe o desenvolvimento de uma nave capaz de levar astronautas norte-americanos à Lua até 2015, com o objetivo de estabelecer uma base permanente no satélite natural da Terra. A base lunar serviria de trampolim para futuras missões tripuladas a Marte.
Comunicado da Casa Branca também afirma que os Estados Unidos devem se retirar do projeto ISS (Estação Espacial Internacional) até 2010, ano em que os ônibus espaciais devem ser substituídos por outro tipo de nave.
O custo extra do novo programa espacial será de US$ 12 bilhões em cinco anos, mas esta soma virá, essencialmente, da redistribuição do atual orçamento da Nasa, segundo a Casa Branca. "A parte básica virá da redistribuição de 11 bilhões de dólares previstos no orçamento de US$ 86 bilhões da Nasa para os próximos cinco anos", diz o documento.
Para o ano fiscal de 2005, o presidente pedirá ao Congresso um orçamento adicional de US$ 1 bilhão. Em relação ao atual orçamento anual da Nasa de 15,4 bilhões de dólares, a proposta do presidente aumentará em média 5% ao ano nos próximos três anos e cerca de 1% ou menos nos dois anos seguintes.
Reforço na Nasa
O projeto foi concebido para reforçar a agência espacial norte-americana, após o desastre com o ônibus espacial Columbia, em fevereiro do ano passado. A comissão de investigação do acidente concluiu que a Nasa carecia de metas claras para seu programa tripulado.
A idéia é manter a frota atual de naves recuperáveis somente até a conclusão da montagem da ISS (Estação Espacial Internacional). Depois disso, os três veículos (Atlantis, Discovery e Endeavour) seriam aposentados, e os EUA reduziriam sua participação na manutenção do complexo orbital.
Remanejando recursos, a Nasa então daria início a um programa de desenvolvimento de um novo veículo, capaz não só de enviar tripulações à ISS, mas também de promover viagens além da órbita terrestre baixa. O objetivo seria levar astronautas à Lua --desta vez para a construção de uma base em solo lunar.
Os EUA enfrentam hoje uma crise de déficit fiscal, que deve perdurar pelos próximos anos. Ontem, o presidente foi questionado a respeito do anúncio, na Cúpula Extraordinária das Américas, no México. Ele não antecipou nada e foi vago: "O espírito será de exploração contínua e de busca de novos horizontes, investindo num programa que atinja essa meta".
País dividido
Em ano de eleição presidencial, é difícil não associar a iniciativa de Bush da corrida pela reeleição. Nesse caso, entretanto, não está claro que o novo rumo do programa espacial possa ajudá-lo.
Uma pesquisa de opinião pública encomendada pela agência de notícias Associated Press mostra um país dividido em torno da iniciativa. Num total de mil americanos entrevistados, 48% apóiam a idéia --exatamente o mesmo número de opositores.
A maioria disse apoiar genericamente o envio contínuo de seres humanos ao espaço. Entretanto, se estivessem entre gastar dinheiro em projetos de educação e saúde ou em pesquisa espacial, 55% deles fariam a primeira opção.
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