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20/01/2004 - 12h31

Anatomista alemão pode ser processado por usar cadáver em exposição

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da France Presse, em Heidelberg (Alemanha)

O anatomista alemão Gunther von Hagens pode ser submetido a uma investigação judicial em breve por ter utilizado cadáveres de condenados à morte na China em suas polêmicas exposições internacionais, informou a promotoria de Heidelberg que estuda as denúncias.

Hagens reconheceu em uma entrevista à revista "Der Spiegel" que seus colaboradores acertaram na China a entrega de 647 corpos que deveriam ser vendidos a universidades ou exibidos em sua exposição. A publicação destacou em sua reportagem que os corpos foram obtidos, em parte, de forma ilegal.

Entre os cadáveres estão os de dois jovens, entregues em dezembro de 2001, que foram executados com um tiro na nuca.

A promotora de Heidelberg, Elke O'Donoghue, disse que solicitou a colaboração judicial da China para esclarecer os fatos. Ao mesmo tempo emitiu uma ordem de prisão contra Hagens por usurpação do título de professor, que não lhe é reconhecido na Alemanha.

Os cadáveres, "plastificados" para as exposições segundo um procedimento inventado por Hagens, procediam de duas prisões, uma de detentos políticos e outra um campo de trabalhos forçados na cidade chinesa de Dalian.

O Colégio Médico do estado de Hesse e a Fundação Deutsche Hospiz, de Hamburgo, pediram o fim imediato da mostra na Alemanha.

Quase 14 milhões de pessoas visitaram na Europa e na Ásia as exposições de Hagens, denominadas "Koerperwelten", que sempre despertam polêmicas.
 

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