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09/02/2004
-
17h09
EILEEN NG
da France Presse, em Kuala Lumpur (Malásia)
A destruição da biodiversidade em razão das atividades humanas continua em grande escala 12 anos após a aprovação da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Esse foi o consenso entre especialistas reunidos hoje na abertura da 7ª Conferência Mundial de Ecologia.
"Não atingimos o objetivo da Convenção", reconheceu Klaus Toepfer, diretor executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), ao inaugurar a conferência, que vai até o dia 20 em Kuala Lumpur, capital da Malásia.
Cerca de 2.000 ecologistas, cientistas e representantes governamentais participam do encontro, conseqüência direta da Cúpula da Terra, realizada no Rio em 1992. Ratificada por 187 países, a Convenção tem por objetivo organizar um desenvolvimento econômico duradouro que respeite o ambiente e a biodiversidade.
"A perda de biodiversidade continua ocorrendo em grande escala. Devemos fazer mais esforços neste campo. Não podemos continuar nos contentando com palavras, precisamos fazer com que as pessoas entendam que a biodiversidade é importante para o desenvolvimento econômico", acrescentou Toepfer.
Tensões internacionais
O alto funcionário estimou que é hora de os governos chegarem a um acordo sobre um regime internacional que permita uma divisão das riquezas com os países em desenvolvimento. "É importante para acabar com a pobreza e reduzir as tensões internacionais", disse.
"Nada se fez verdadeiramente desde o Rio", declarou o canadense David Suzuki. "Age-se como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Não se dão conta da urgência, de que estamos em crise, enquanto os oceanos estão acabando, o dióxido de carbono se acumula na atmosfera e as espécies se extinguem", acrescentou o cientista.
No mundo, estão em perigo de extinção 34 mil espécies vegetais e 5.200 espécies animais, segundo fontes da Convenção.
Transgênicos
Espera-se que Kuala Lumpur seja o cenário de um novo episódio do conflito entre os Estados Unidos e a União Européia sobre os organismos geneticamente modificados, os transgênicos, no marco da OMC (Organização Mundial do Comércio).
A conferência será seguida de uma reunião de avaliação do Protocolo de Cartagena sobre a biossegurança, que regulamenta os intercâmbios de transgênicos.
Este texto, assinado em janeiro de 2000, entrou em vigor em setembro do ano passado. Os três maiores exportadores de transgênicos --Estados Unidos, Canadá e Argentina-- participaram de sua elaboração, mas não o ratificaram.
Especial
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Especialistas lamentam destruição em conferência sobre ecologia
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da France Presse, em Kuala Lumpur (Malásia)
A destruição da biodiversidade em razão das atividades humanas continua em grande escala 12 anos após a aprovação da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Esse foi o consenso entre especialistas reunidos hoje na abertura da 7ª Conferência Mundial de Ecologia.
"Não atingimos o objetivo da Convenção", reconheceu Klaus Toepfer, diretor executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), ao inaugurar a conferência, que vai até o dia 20 em Kuala Lumpur, capital da Malásia.
Cerca de 2.000 ecologistas, cientistas e representantes governamentais participam do encontro, conseqüência direta da Cúpula da Terra, realizada no Rio em 1992. Ratificada por 187 países, a Convenção tem por objetivo organizar um desenvolvimento econômico duradouro que respeite o ambiente e a biodiversidade.
"A perda de biodiversidade continua ocorrendo em grande escala. Devemos fazer mais esforços neste campo. Não podemos continuar nos contentando com palavras, precisamos fazer com que as pessoas entendam que a biodiversidade é importante para o desenvolvimento econômico", acrescentou Toepfer.
Tensões internacionais
O alto funcionário estimou que é hora de os governos chegarem a um acordo sobre um regime internacional que permita uma divisão das riquezas com os países em desenvolvimento. "É importante para acabar com a pobreza e reduzir as tensões internacionais", disse.
"Nada se fez verdadeiramente desde o Rio", declarou o canadense David Suzuki. "Age-se como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Não se dão conta da urgência, de que estamos em crise, enquanto os oceanos estão acabando, o dióxido de carbono se acumula na atmosfera e as espécies se extinguem", acrescentou o cientista.
No mundo, estão em perigo de extinção 34 mil espécies vegetais e 5.200 espécies animais, segundo fontes da Convenção.
Transgênicos
Espera-se que Kuala Lumpur seja o cenário de um novo episódio do conflito entre os Estados Unidos e a União Européia sobre os organismos geneticamente modificados, os transgênicos, no marco da OMC (Organização Mundial do Comércio).
A conferência será seguida de uma reunião de avaliação do Protocolo de Cartagena sobre a biossegurança, que regulamenta os intercâmbios de transgênicos.
Este texto, assinado em janeiro de 2000, entrou em vigor em setembro do ano passado. Os três maiores exportadores de transgênicos --Estados Unidos, Canadá e Argentina-- participaram de sua elaboração, mas não o ratificaram.
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