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13/02/2004
-
07h25
da Folha de S.Paulo
A façanha do grupo coreano foi saudada com entusiasmo na comunidade científica mundial. E no Brasil houve uma razão a mais para acompanhá-la de perto, segundo a pesquisadora Lygia da Veiga Pereira, do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP.
"Achei bárbaro, e veio numa hora ótima --justamente quando está nas mãos dos senadores decidir se vamos poder fazer essas pesquisas com células--tronco embrionárias no Brasil", disse, referindo-se à tramitação do projeto da nova Lei de Biossegurança, recém-aprovado pela Câmara.
Pelas novas regras, que ainda carecem de aprovação do Senado e sanção da Presidência, até mesmo pesquisas de clonagem humana voltadas para tratamentos médicos contra doenças hoje incuráveis estariam proibidas no país.
Pereira enfatiza que o estudo coreano não tem por objetivo a clonagem reprodutiva --ou seja, a criação de cópias de seres humanos--, mas sim o combate a doenças. "Eles avançaram muito, conseguiram um embrião. Mas de um embrião a um recém-nascido, há uma longa distância. Os resultados de clonagem animal mostram que as perdas chegam a 90%, 95% das tentativas."
Os resultados coreanos também receberam elogios no exterior. "É um estudo impressionante. Obviamente representa um grande marco na medicina", disse Robert Lanza, da companhia americana Advanced Cell Technology. Ele defende pressa na votação de leis que proíbam a clonagem reprodutiva, para evitar o sucesso de pessoas como Panos Zavos, médico cipriota radicado nos EUA que quer criar bebês clonados.
Para Rudolf Jaenisch, do Instituto Whitehead para Pesquisa Biomédica, nos EUA, o trabalho é elegante e oferece a prova de que a técnica é viável em humanos. "Essa é uma coisa importante", disse. Ainda assim, ele enfatiza que "não é de uso prático no momento", destacando a necessidade de anos de pesquisa antes que a técnica ganhe aplicabilidade médica.
Com agências internacionais
Cientistas recebem notícia de clonagem de embriões com entusiasmo
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A façanha do grupo coreano foi saudada com entusiasmo na comunidade científica mundial. E no Brasil houve uma razão a mais para acompanhá-la de perto, segundo a pesquisadora Lygia da Veiga Pereira, do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP.
"Achei bárbaro, e veio numa hora ótima --justamente quando está nas mãos dos senadores decidir se vamos poder fazer essas pesquisas com células--tronco embrionárias no Brasil", disse, referindo-se à tramitação do projeto da nova Lei de Biossegurança, recém-aprovado pela Câmara.
Pelas novas regras, que ainda carecem de aprovação do Senado e sanção da Presidência, até mesmo pesquisas de clonagem humana voltadas para tratamentos médicos contra doenças hoje incuráveis estariam proibidas no país.
Pereira enfatiza que o estudo coreano não tem por objetivo a clonagem reprodutiva --ou seja, a criação de cópias de seres humanos--, mas sim o combate a doenças. "Eles avançaram muito, conseguiram um embrião. Mas de um embrião a um recém-nascido, há uma longa distância. Os resultados de clonagem animal mostram que as perdas chegam a 90%, 95% das tentativas."
Os resultados coreanos também receberam elogios no exterior. "É um estudo impressionante. Obviamente representa um grande marco na medicina", disse Robert Lanza, da companhia americana Advanced Cell Technology. Ele defende pressa na votação de leis que proíbam a clonagem reprodutiva, para evitar o sucesso de pessoas como Panos Zavos, médico cipriota radicado nos EUA que quer criar bebês clonados.
Para Rudolf Jaenisch, do Instituto Whitehead para Pesquisa Biomédica, nos EUA, o trabalho é elegante e oferece a prova de que a técnica é viável em humanos. "Essa é uma coisa importante", disse. Ainda assim, ele enfatiza que "não é de uso prático no momento", destacando a necessidade de anos de pesquisa antes que a técnica ganhe aplicabilidade médica.
Com agências internacionais
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