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26/02/2004
-
18h40
da France Presse, em Kuala Lampur (Malásia)
Ambientalistas reunidos em Kuala Lampur criticaram o Brasil nesta quinta-feira por tentar bloquear as iniciativas para impor uma rotulagem rigorosa aos OGMs (Organismos Geneticamente Modificados), como quer a UE (União Européia).
"É escandaloso que um país que assinou o protocolo esteja bloqueando as negociações neste momento", afirmou Eric Gall, representante do grupo ambientalista Greenpeace, durante a primeira conferência sobre o protocolo de Cartagena de biossegurança.
No encontro, que termina nesta sexta-feira (27) estão sendo debatidos os riscos potenciais desses organismos e as regras para sua comercialização.
Segundo Gall, a imensa maioria dos países que assinaram o protocolo querem que os produtores de OGMs detalhem o rótulo destes produtos. Mas o Brasil se colocou ao lado dos Estados Unidos e do Canadá, que não assinaram a convenção das Nações Unidas.
"Estamos longe de atingir um acordo devido a esta atitude do Brasil", disse Gall, acrescentando que a posição dos países sul-americanos poderia minar toda a negociação porque as decisões são tomadas a partir do consenso.
Ainda que os Estados Unidos não tenham assinado o protocolo, ratificado por 86 países e a UE, o país ainda exerce muita pressão para suavizar ao máximo as normas de rotulagem desses produtos.
Gall também acusou os Estados Unidos de tentarem enfraquecer o protocolo assinando acordos bilaterais como o que realizou com o México --país que assinou o protocolo-- para aliviar os requisitos da rotulagem.
Os Estados Unidos são os principais produtores OGMs no mundo e têm um contencioso com a UE na OMC (Organização Mundial do Comércio), na qual se queixa do embargo à importação e à plantação dos alimentos geneticamente modificados.
Aprovado em janeiro de 2000, o protocolo de Cartagena foi ratificado por 86 países e entrou em vigor em setembro de 2003.
Especial
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Ecologistas denunciam Brasil por não respeitar protocolo de biossegurança
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Ambientalistas reunidos em Kuala Lampur criticaram o Brasil nesta quinta-feira por tentar bloquear as iniciativas para impor uma rotulagem rigorosa aos OGMs (Organismos Geneticamente Modificados), como quer a UE (União Européia).
"É escandaloso que um país que assinou o protocolo esteja bloqueando as negociações neste momento", afirmou Eric Gall, representante do grupo ambientalista Greenpeace, durante a primeira conferência sobre o protocolo de Cartagena de biossegurança.
No encontro, que termina nesta sexta-feira (27) estão sendo debatidos os riscos potenciais desses organismos e as regras para sua comercialização.
Segundo Gall, a imensa maioria dos países que assinaram o protocolo querem que os produtores de OGMs detalhem o rótulo destes produtos. Mas o Brasil se colocou ao lado dos Estados Unidos e do Canadá, que não assinaram a convenção das Nações Unidas.
"Estamos longe de atingir um acordo devido a esta atitude do Brasil", disse Gall, acrescentando que a posição dos países sul-americanos poderia minar toda a negociação porque as decisões são tomadas a partir do consenso.
Ainda que os Estados Unidos não tenham assinado o protocolo, ratificado por 86 países e a UE, o país ainda exerce muita pressão para suavizar ao máximo as normas de rotulagem desses produtos.
Gall também acusou os Estados Unidos de tentarem enfraquecer o protocolo assinando acordos bilaterais como o que realizou com o México --país que assinou o protocolo-- para aliviar os requisitos da rotulagem.
Os Estados Unidos são os principais produtores OGMs no mundo e têm um contencioso com a UE na OMC (Organização Mundial do Comércio), na qual se queixa do embargo à importação e à plantação dos alimentos geneticamente modificados.
Aprovado em janeiro de 2000, o protocolo de Cartagena foi ratificado por 86 países e entrou em vigor em setembro de 2003.
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