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04/03/2004
-
10h49
da Folha Online
A infecção prolongada por um vírus inofensivo está relacionada ao aumento da longevidade entre homens contaminados pelo vírus da Aids.
Pesquisadores norte-americanos descobriram que os homens soropositivos contaminados também pelo GBV-C --vírus causador da hepatite G-- por pelo menos cinco anos apresentaram uma mortalidade menor do que os portadores do vírus da Aids sem GBV-C.
O estudo patrocinado pelo Niaid (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, na sigla em inglês) foi publicado na edição de hoje do "The New England Journal of Medicine".
"Nós encontramos fortes evidências de que os soropositivos que tiveram infecção persistente pelo GBV-C apresentaram maior longevidade do que aqueles sem o vírus", afirmou Jack Stapleton, da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.
O grupo de pesquisadores chefiados por Carolyn Williams, da divisão de Aids do Niaid, coletou amostras preservadas do sangue de 271 pessoas que fizeram parte de um programa de estudos sobre homens que fazem sexo com outros homens.
Cada participante teve duas amostras de sangue coletadas: uma em até 18 meses após a contaminação pelo HIV e a segunda depois de cinco anos. As amostras são de antes de 1996, quando as terapias antiretrovirais ainda não estavam disponíveis.
Os homens que apresentaram o vírus GBV-C nas duas amostras, sobreviveram por mais tempo --75% deles estavam vivos após 11 anos.
Os homens que tinham GBV-C em sua primeira amostra de sangue, mas não na segunda, apresentaram o maior risco de morte. Apenas 16% deles ainda estavam vivos.
Entre os homens que não tinham o GBV-C em nenhuma amostra do sangue, apenas 39% sobreviveram por 11 anos.
Os pesquisadores ainda não sabem qual a relação entre a infecção por GBV-C e a maior longevidade dos soropositivos, mas acreditam que o vírus da hepatite G inibe o crescimento do HIV em células humanas. A descoberta pode abrir caminho para novas terapias de combate à Aids.
Vírus inofensivo prolonga a vida de soropositivos
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A infecção prolongada por um vírus inofensivo está relacionada ao aumento da longevidade entre homens contaminados pelo vírus da Aids.
Pesquisadores norte-americanos descobriram que os homens soropositivos contaminados também pelo GBV-C --vírus causador da hepatite G-- por pelo menos cinco anos apresentaram uma mortalidade menor do que os portadores do vírus da Aids sem GBV-C.
O estudo patrocinado pelo Niaid (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, na sigla em inglês) foi publicado na edição de hoje do "The New England Journal of Medicine".
"Nós encontramos fortes evidências de que os soropositivos que tiveram infecção persistente pelo GBV-C apresentaram maior longevidade do que aqueles sem o vírus", afirmou Jack Stapleton, da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.
O grupo de pesquisadores chefiados por Carolyn Williams, da divisão de Aids do Niaid, coletou amostras preservadas do sangue de 271 pessoas que fizeram parte de um programa de estudos sobre homens que fazem sexo com outros homens.
Cada participante teve duas amostras de sangue coletadas: uma em até 18 meses após a contaminação pelo HIV e a segunda depois de cinco anos. As amostras são de antes de 1996, quando as terapias antiretrovirais ainda não estavam disponíveis.
Os homens que apresentaram o vírus GBV-C nas duas amostras, sobreviveram por mais tempo --75% deles estavam vivos após 11 anos.
Os homens que tinham GBV-C em sua primeira amostra de sangue, mas não na segunda, apresentaram o maior risco de morte. Apenas 16% deles ainda estavam vivos.
Entre os homens que não tinham o GBV-C em nenhuma amostra do sangue, apenas 39% sobreviveram por 11 anos.
Os pesquisadores ainda não sabem qual a relação entre a infecção por GBV-C e a maior longevidade dos soropositivos, mas acreditam que o vírus da hepatite G inibe o crescimento do HIV em células humanas. A descoberta pode abrir caminho para novas terapias de combate à Aids.
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