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26/04/2004 - 16h48

Doenças cardiovasculares ameaçam países em desenvolvimento

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da France Presse, em Washington (EUA)

As doenças cardiovasculares não estão reservadas apenas aos países ricos e ameaçam igualmente os países em desenvolvimento, que precisam adotar sem demora medidas de prevenção, segundo um estudo apresentado nesta segunda-feira.

De acordo com seus autores, a ameaça é muito mais grave do que se imagina, causando centenas de mortes entre a população economicamente ativa e desencadeando desequilíbrios familiares sobretudo no Brasil, na África do Sul e na Índia.

Nestes países, a mortalidade causada por doenças cardiovasculares é de 1,5 a duas vezes mais alta do que nos Estados Unidos, destacaram os autores do estudo, apresentado pelo Instituto da Terra da Universidade de Columbia, em Nova York.

Um dos autores, Stephen Leeder, atribuiu a tendência à "falta de tratamento", enquanto "as mudanças no estilo de vida que tiveram impacto profundo nos Estados Unidos nos últimos 40 anos, como a atividade física e as campanhas contra o tabagismo, ainda não chegaram" aos países em desenvolvimento.

Os pesquisadores limitaram seus estudos ao Brasil, África do Sul, Índia e China.

Na Índia, 5 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares por ano --28% delas antes dos 65 anos.

"Esta taxa de mortalidade entre os jovens é superior à que vimos nos anos 50 nos Estados Unidos, antes das campanhas de prevenção", disse Susan Raymond, uma das autoras do estudo.

Segundo a pesquisa, na África do Sul, a morte de pessoas entre 35 e 44 anos por doenças cardiovasculares é de 12% entre os homens e 17,2% entre as mulheres.

"Estas doenças impõem uma carga aos países mais vulneráveis. Não apenas para as famílias, como para as economias destes países", explicou Jeffrey Sachs, diretor do Instituto da Terra.

"Podemos propor a estas pessoas tratamentos eficazes e baratos para o controle da pressão arterial e o colesterol que terão um efeito imediato, incitando-as também a deixar de fumar e adotar um estilo de vida mais saudável", afirmou.
 

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