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19/05/2004
-
17h26
da France Presse, em Santiago (Chile)
Pesquisadores da Universidade do Chile fizeram nesta quarta-feira um alerta à comunidade científica internacional sobre o perigo da utilização de um composto químico usado na clonagem de animais e de embriões humanos, supostamente capaz de provocar mutações.
A pesquisadora chilena Ruby Valdivia e o japonês Motoe Kato descobriram o problema de forma acidental, enquanto faziam clonagens de bactérias nos laboratórios universitários do Centro de Avaliação de Riscos de Genotoxicidade.
Para desenvolver a experiência, os cientistas empregaram um composto químico de uso freqüente nas clonagens, o 6-DNAP (6 dimetil aminopurina), cuja função é ativar a divisão celular do óvulo após a transferência de DNA.
Ao observar o resultado de seu trabalho, ambos os pesquisadores detectaram um sinal estranho, segundo explicaram em entrevista coletiva.
Com o propósito de esclarecer suas dúvidas, repetiram a experiência com cinco tipos de bactérias. Uma delas apresentou mutação, criando um organismo com características diferentes da bactéria original.
"Estamos fazendo um alerta sobre o perigo que este composto químico representa se o usarmos em embriões humanos, porque causa mutações genéticas", advertiu Valdivia.
"Devido a este resultado, pode-se concluir que existe uma alta probabilidade de mutações durante o processo de clonagem usando este composto", acrescentou.
O 6-DMAP é aplicado pelos cientistas em clonagens de mamíferos (porcos, gatos, ovelhas e vacas) no laboratório do cientista Woo Suk Hwang, na Coréia do Sul, segundo relatório da Universidade do Chile.
Os cientistas coreanos conseguiram clonar embriões humanos, com o uso do 6-DMAP, segundo um artigo publicado pela revista "Science" em fevereiro.
"Os tecidos derivados destes clones podem apresentar mutações, como alterações de tipo celular", disse a pesquisadora.
Os resultados finais da pesquisa, cujos autores recomendam proibir o uso do 6-DMAP nas futuras clonagens de embriões humanos com fins terapêuticos, foram publicados no dia 12 de maio na revista científica "Mutation Research".
"Isto nos obriga a pesquisar mais e tirarmos o pé do acelerador na questão da clonagem, tomando consciência do composto químico que estamos usando", afirmou Valdivia.
Composto usado em clonagens causa mutações
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Pesquisadores da Universidade do Chile fizeram nesta quarta-feira um alerta à comunidade científica internacional sobre o perigo da utilização de um composto químico usado na clonagem de animais e de embriões humanos, supostamente capaz de provocar mutações.
A pesquisadora chilena Ruby Valdivia e o japonês Motoe Kato descobriram o problema de forma acidental, enquanto faziam clonagens de bactérias nos laboratórios universitários do Centro de Avaliação de Riscos de Genotoxicidade.
Para desenvolver a experiência, os cientistas empregaram um composto químico de uso freqüente nas clonagens, o 6-DNAP (6 dimetil aminopurina), cuja função é ativar a divisão celular do óvulo após a transferência de DNA.
Ao observar o resultado de seu trabalho, ambos os pesquisadores detectaram um sinal estranho, segundo explicaram em entrevista coletiva.
Com o propósito de esclarecer suas dúvidas, repetiram a experiência com cinco tipos de bactérias. Uma delas apresentou mutação, criando um organismo com características diferentes da bactéria original.
"Estamos fazendo um alerta sobre o perigo que este composto químico representa se o usarmos em embriões humanos, porque causa mutações genéticas", advertiu Valdivia.
"Devido a este resultado, pode-se concluir que existe uma alta probabilidade de mutações durante o processo de clonagem usando este composto", acrescentou.
O 6-DMAP é aplicado pelos cientistas em clonagens de mamíferos (porcos, gatos, ovelhas e vacas) no laboratório do cientista Woo Suk Hwang, na Coréia do Sul, segundo relatório da Universidade do Chile.
Os cientistas coreanos conseguiram clonar embriões humanos, com o uso do 6-DMAP, segundo um artigo publicado pela revista "Science" em fevereiro.
"Os tecidos derivados destes clones podem apresentar mutações, como alterações de tipo celular", disse a pesquisadora.
Os resultados finais da pesquisa, cujos autores recomendam proibir o uso do 6-DMAP nas futuras clonagens de embriões humanos com fins terapêuticos, foram publicados no dia 12 de maio na revista científica "Mutation Research".
"Isto nos obriga a pesquisar mais e tirarmos o pé do acelerador na questão da clonagem, tomando consciência do composto químico que estamos usando", afirmou Valdivia.
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