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24/05/2004
-
12h46
da Folha Online
A ESA (Agência Espacial Européia) concluiu o relatório sobre o fracasso da missão Beagle-2 apontando como prováveis causas a falta de tempo, de dinheiro e a pouca articulação entre os cientistas que projetaram o robô e os engenheiros da agência espacial.
O robô foi construído por cientistas universitários britânicos, em vez de ser tratado como parte integrante da missão Mars Express, da ESA.
Por esta razão, o relatório recomenda que, em missões futuras, a construção de qualquer instrumento complexo, como uma sonda de superfície, faça parte do mesmo processo administrativo da nave espacial em que viajará.
Batizado pelo nome do navio em que Charles Darwin viajava quando formulou a teoria da evolução, o Beagle-2 --robô europeu que exploraria a superfície de Marte em busca de sinais de vida-- custou US$ 89,46 milhões.
O robô foi enviado ao planeta vermelho a bordo da sonda orbital Mars Express e deveria ter pousado em solo marciano em 25 de dezembro do último ano. Porém, desde que deixou a nave-mãe, a sonda perdeu contato com a Terra.
Os cientistas da ESA disseram que o robô pode ter se espatifado contra a superfície do planeta porque a atmosfera de Marte é menos densa do que o esperado. Desse modo, a sonda teria aterrissado com uma velocidade alta demais para a que as bolsas de ar pudessem protegê-lo.
Outra hipótese diz que o Beagle-2 pode ter caído dentro de uma cratera que tornou a comunicação impossível.
A ESA não confirma nenhuma das hipóteses. Disse apenas que ninguém pode ser responsabilizado pela falha desta missão de alto risco.
"Nenhum evento em particular levou ao fracasso [da missão] e ninguém individualmente tomou uma má decisão", disse David Southwood, diretor científico da ESA.
Southwood reconhece que tentou cancelar o programa Beagle quando assumiu o comando da direção cientifica da ESA em 2001. Porém, ele disse ter sido convencido do contrário após algumas mudanças administrativas. De qualquer maneira, Southwood afirma sempre ter visto a missão como uma aventura arriscada.
Com Reuters
ESA conclui relatório sobre fracasso da missão Beagle-2
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A ESA (Agência Espacial Européia) concluiu o relatório sobre o fracasso da missão Beagle-2 apontando como prováveis causas a falta de tempo, de dinheiro e a pouca articulação entre os cientistas que projetaram o robô e os engenheiros da agência espacial.
O robô foi construído por cientistas universitários britânicos, em vez de ser tratado como parte integrante da missão Mars Express, da ESA.
Reuters/ESA |
Ilustração da entrada do Beagle-2 na atmosfera de Marte |
Batizado pelo nome do navio em que Charles Darwin viajava quando formulou a teoria da evolução, o Beagle-2 --robô europeu que exploraria a superfície de Marte em busca de sinais de vida-- custou US$ 89,46 milhões.
O robô foi enviado ao planeta vermelho a bordo da sonda orbital Mars Express e deveria ter pousado em solo marciano em 25 de dezembro do último ano. Porém, desde que deixou a nave-mãe, a sonda perdeu contato com a Terra.
Os cientistas da ESA disseram que o robô pode ter se espatifado contra a superfície do planeta porque a atmosfera de Marte é menos densa do que o esperado. Desse modo, a sonda teria aterrissado com uma velocidade alta demais para a que as bolsas de ar pudessem protegê-lo.
Outra hipótese diz que o Beagle-2 pode ter caído dentro de uma cratera que tornou a comunicação impossível.
A ESA não confirma nenhuma das hipóteses. Disse apenas que ninguém pode ser responsabilizado pela falha desta missão de alto risco.
"Nenhum evento em particular levou ao fracasso [da missão] e ninguém individualmente tomou uma má decisão", disse David Southwood, diretor científico da ESA.
Southwood reconhece que tentou cancelar o programa Beagle quando assumiu o comando da direção cientifica da ESA em 2001. Porém, ele disse ter sido convencido do contrário após algumas mudanças administrativas. De qualquer maneira, Southwood afirma sempre ter visto a missão como uma aventura arriscada.
Com Reuters
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