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18/06/2004
-
11h41
da France Presse, em Washington (EUA)
Um visionário da aeronáutica e um milionário da informática devem inaugurar na próxima segunda-feira (21) a era dos vôos espaciais particulares, enviando para fora da atmosfera terrestre um piloto no comando da nave SpaceShipOne.
O plano prevê que o aparelho decole acoplado a avião do deserto californiano do Mojave, perto da base Edwards --pioneira no programa espacial norte-americano. Depois de uma primeira etapa de vôo, seu foguete será acionado a 15 km de altura para iniciar uma subida vertical.
A nave vai subir com uma velocidade três vezes maior que a do som e retornar à Terra pousando como um planador.
O nome do piloto só será revelado no domingo. Mas, se tiver êxito, se tornará o primeiro astronauta particular.
Visão privilegiada
Quem quer que seja o piloto, ele poderá observar a imensidão negra do espaço e a linha azul da atmosfera terrestre, assim como os ocupantes da ISS (Estação Espacial Internacional), localizados em uma órbita 300 km mais alta.
Entretanto, diferente do que acontece com a ISS ou com os ônibus espaciais, a SpaceShipOne retornará imediatamente, passando por uma queda livre de 30 km até cruzar as camadas superiores da atmosfera. Quando chegar às camadas mais densas, receberá uma força de sustentação que a colocará em vôo planado.
De acordo com Burt Rutan, engenheiro que projetou a SpaceShipOne, o design da nave faz com que ela se comporte bem na fase crítica da reentrada na atmosfera.
Rutan também está por trás do projeto do Voyager --avião mais econômico do mundo, com o qual seu irmão, Dick, conseguiu dar a volta ao mundo em nove dias, sem escalas, em 1986.
Quebra de monopólio
Para levar adiante seu objetivo mais ambicioso, Rutan conseguiu convencer Paul Allen --co-fundador da Microsoft junto com Bill Gates e fanático por astronomia, espaço e ficção científica-- a investir US$ 20 milhões no projeto.
Se o próximo teste tiver êxito, os organizadores pretendem repeti-lo mais duas vezes com intervalos de 15 dias e com três pessoas a bordo.
Assim, terão cumprido os critérios impostos pela Fundação Ansari X Prize para ganhar US$ 10 milhões --prêmio pelo qual competem cerca de vinte equipes internacionais que acreditam no futuro do turismo espacial.
A intenção de Rutan e Allen é tirar dos governos o monopólio das viagens espaciais, colocando-as ao alcance de quem puder pagar por elas.
"Desde os vôos épicos de Yuri Gagarin e Alan Shepard, em 1961, todas as missões espaciais foram programas governamentais caros e pesados. Ao contrário, nosso programa implica poucas pessoas muito motivadas, que tentam fazer com que os vôos espaciais sejam rentáveis", afirmou Rutan.
O vôo da SpaceShipOne tem boas perspectivas em função do teste realizado em 13 de maio passado, quando a nave alcançou uma altura de 64,43 km.
Em princípio, uma passagem para o espaço custaria US$ 100 mil, mas o preço poderá cair abaixo dos US$ 10 mil quando, por volta de 2010, houver outras naves competindo no mercado.
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Nave espacial particular deve ir ao espaço na próxima segunda
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Um visionário da aeronáutica e um milionário da informática devem inaugurar na próxima segunda-feira (21) a era dos vôos espaciais particulares, enviando para fora da atmosfera terrestre um piloto no comando da nave SpaceShipOne.
O plano prevê que o aparelho decole acoplado a avião do deserto californiano do Mojave, perto da base Edwards --pioneira no programa espacial norte-americano. Depois de uma primeira etapa de vôo, seu foguete será acionado a 15 km de altura para iniciar uma subida vertical.
A nave vai subir com uma velocidade três vezes maior que a do som e retornar à Terra pousando como um planador.
O nome do piloto só será revelado no domingo. Mas, se tiver êxito, se tornará o primeiro astronauta particular.
Visão privilegiada
Quem quer que seja o piloto, ele poderá observar a imensidão negra do espaço e a linha azul da atmosfera terrestre, assim como os ocupantes da ISS (Estação Espacial Internacional), localizados em uma órbita 300 km mais alta.
Entretanto, diferente do que acontece com a ISS ou com os ônibus espaciais, a SpaceShipOne retornará imediatamente, passando por uma queda livre de 30 km até cruzar as camadas superiores da atmosfera. Quando chegar às camadas mais densas, receberá uma força de sustentação que a colocará em vôo planado.
De acordo com Burt Rutan, engenheiro que projetou a SpaceShipOne, o design da nave faz com que ela se comporte bem na fase crítica da reentrada na atmosfera.
Rutan também está por trás do projeto do Voyager --avião mais econômico do mundo, com o qual seu irmão, Dick, conseguiu dar a volta ao mundo em nove dias, sem escalas, em 1986.
Quebra de monopólio
Para levar adiante seu objetivo mais ambicioso, Rutan conseguiu convencer Paul Allen --co-fundador da Microsoft junto com Bill Gates e fanático por astronomia, espaço e ficção científica-- a investir US$ 20 milhões no projeto.
Se o próximo teste tiver êxito, os organizadores pretendem repeti-lo mais duas vezes com intervalos de 15 dias e com três pessoas a bordo.
Assim, terão cumprido os critérios impostos pela Fundação Ansari X Prize para ganhar US$ 10 milhões --prêmio pelo qual competem cerca de vinte equipes internacionais que acreditam no futuro do turismo espacial.
A intenção de Rutan e Allen é tirar dos governos o monopólio das viagens espaciais, colocando-as ao alcance de quem puder pagar por elas.
"Desde os vôos épicos de Yuri Gagarin e Alan Shepard, em 1961, todas as missões espaciais foram programas governamentais caros e pesados. Ao contrário, nosso programa implica poucas pessoas muito motivadas, que tentam fazer com que os vôos espaciais sejam rentáveis", afirmou Rutan.
O vôo da SpaceShipOne tem boas perspectivas em função do teste realizado em 13 de maio passado, quando a nave alcançou uma altura de 64,43 km.
Em princípio, uma passagem para o espaço custaria US$ 100 mil, mas o preço poderá cair abaixo dos US$ 10 mil quando, por volta de 2010, houver outras naves competindo no mercado.
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