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22/06/2004 - 09h48

França aumenta taxação sobre veículos poluentes

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da France Presse, em Paris (França)

Com o objetivo de incentivar os cidadãos a comprar veículos menos poluentes, o governo francês passa a cobrar, a partir de janeiro de 2005, um imposto chamado "bonus-malus" dos proprietários de veículos novos que emitem grande quantidade de CO2 (dióxido de carbono) e de outros gases nocivos, informou nesta segunda-feira o Ministério da Ecologia.

A taxa será cobrada no momento da compra, segundo o ministro Serge Lepeltier e seu valor pode chegar a US$ 3.600, se for uma pick-up com motor diesel V8, por exemplo.

Em contrapartida, os franceses que comprarem um automóvel pouco poluente vão receber um desconto de US$ 960. Tudo isso para incentivar a instalação de um filtro de partículas poluentes nos carros, um acessório caro.

O imposto será menor ou maior em função do volume das emissões de partículas finas e de dióxido de carbono, gás considerado o principal responsável pelo aquecimento da Terra e pelo "efeito estufa".

Esta iniciativa faz parte do ambicioso projeto "Plano Saúde-Meio Ambiente, elaborado pelos departamentos de Ecologia, Saúde, Coesão social e Educação Nacional, apresentado na segunda-feira (21) pelo primeiro-ministro francês, Jean Pierre Raffarin.

A principal medida do "Plano Saúde-Meio Ambiente" concentra-se na contaminação procedente do setor dos transportes, cujas emissões na França aumentaram 17% entre 1990 e 2000, enquanto as da indústria diminuíram 19% no mesmo período.

Até 2008, a França, atrasada em matéria de meio ambiente, deve alcançar o nível dos seus vizinhos europeus e melhorar seus números preocupantes.

Nos últimos 20 anos, os casos de câncer em que a idade e o tabaco não foram determinantes aumentaram 35% no país. No total, morrem 30 mil pessoas a cada ano na França por problemas relacionados com a contaminação do ar e um milhão de trabalhadores expostos a substâncias cancerígenas.

O plano apresentado nesta segunda-feira identifica várias prioridades, uma delas a de reduzir as emissões de partículas finas em 30% até 2010, que entram nas vias respiratórias e provocam alergias, asma e outras doenças mais graves.

O governo francês já adiou por três vezes a apresentação deste plano, que contempla a aplicação dos compromissos internacionais do país para diminuir a emissão dos gases causadores do reaquecimento climático.

Segundo Raffarin, "proteger a qualidade do ar e melhorar a qualidade da água hoje em dia são metas nacionais ambiciosas".

"Partimos de um ritmo anual de US$ 36 milhões de medidas novas para chegar, o mais rapidamente possível, a um ritmo anual de mobilização da ordem de US$ 120 milhões", garantiu o primeiro-ministro.

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