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25/06/2004
-
10h17
da France Presse, em Mojave (EUA)
A era dos vôos espaciais privados foi inaugurada nesta semana pelo piloto Mike Melville, a bordo do SpaceShipOne. A previsão é de que os próximos 25 anos serão agitados: já há dezenas de projetos similares em andamento em diferentes países, inclusive o "Gauchito" argentino.
Melville, 62, realizou na segunda-feira o primeiro vôo espacial privado da história, ao ultrapassar a fronteira com o espaço, a 100 km de altura. A façanha foi festejada por milhares de pessoas que aplaudiram sua aterrissagem no aeroporto de Mojave, no deserto da Califórnia.
A equipe responsável pelo SpaceShipOne está a ponto de obter um prêmio de US$ 10 milhões, caso consiga repetir a experiência outras duas vezes num intervalo de 15 dias e com três pessoas a bordo.
No entanto, o dinheiro "não é a razão pela qual fazemos isto. Estaremos em órbita antes do que as pessoas pensam, e não pensamos ficar ali durante décadas. Os próximos 25 anos serão agitados", antecipou o construtor do aparelho, Burt Rutan.
"Esta é uma etapa que poderia levar a uma nova era espacial", disse Rutan, 61, depois de concluído o vôo. "Os novos empreendedores do vôo espacial privado têm uma visão, queremos que nossos filhos possam ir para outros planetas.".
Esta primeira experiência não-patrocinada por recursos públicos foi financiada pelo multimilionário Paul Allen, co-fundador da Microsoft. O empresário investiu US$ 20 milhões na missão SpaceShipOne.
Segundo Allen, "há dezenas de milhares de pessoas dispostas a pagar entre US$ 10 mil e US$ 15 mil [para viajar ao espaço]", preço de uma passagem para voar com o antigo Concorde. Os interessados só precisam de "um treinamento de uma semana a dez dias", disse à rádio argentina Continental.
Concorrente argentino
O milionário informou que atualmente existem 26 projetos similares ao seu em diferentes países. Entre eles está o projeto argentino Gauchito, explicou o engenheiro espacial Pablo De León.
Em dois anos, prevê De León, a Argentina poderá decolar seu primeiro vôo espacial privado. No entanto, os prazos podem diminuir caso os pesquisadores consigam investidores para financiar o empreendimento de US$ 2 milhões.
O projeto do Gauchito prevê um foguete convencional, com quatro motores em sua parte inferior. Acima dessa estrutura, haveria uma cápsula cônica que se separa do foguete quando chega à altura máxima e, em seguida, desce de pára-quedas.
"O Gauchito quer popularizar as viagens espaciais, torná-las possíveis para o cidadão comum", disse o engenheiro. "Um dia desses, serão moeda corrente", afirmou.
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SpaceShipOne deve gerar avalanche de vôos espaciais privados
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A era dos vôos espaciais privados foi inaugurada nesta semana pelo piloto Mike Melville, a bordo do SpaceShipOne. A previsão é de que os próximos 25 anos serão agitados: já há dezenas de projetos similares em andamento em diferentes países, inclusive o "Gauchito" argentino.
Melville, 62, realizou na segunda-feira o primeiro vôo espacial privado da história, ao ultrapassar a fronteira com o espaço, a 100 km de altura. A façanha foi festejada por milhares de pessoas que aplaudiram sua aterrissagem no aeroporto de Mojave, no deserto da Califórnia.
A equipe responsável pelo SpaceShipOne está a ponto de obter um prêmio de US$ 10 milhões, caso consiga repetir a experiência outras duas vezes num intervalo de 15 dias e com três pessoas a bordo.
No entanto, o dinheiro "não é a razão pela qual fazemos isto. Estaremos em órbita antes do que as pessoas pensam, e não pensamos ficar ali durante décadas. Os próximos 25 anos serão agitados", antecipou o construtor do aparelho, Burt Rutan.
"Esta é uma etapa que poderia levar a uma nova era espacial", disse Rutan, 61, depois de concluído o vôo. "Os novos empreendedores do vôo espacial privado têm uma visão, queremos que nossos filhos possam ir para outros planetas.".
Esta primeira experiência não-patrocinada por recursos públicos foi financiada pelo multimilionário Paul Allen, co-fundador da Microsoft. O empresário investiu US$ 20 milhões na missão SpaceShipOne.
Segundo Allen, "há dezenas de milhares de pessoas dispostas a pagar entre US$ 10 mil e US$ 15 mil [para viajar ao espaço]", preço de uma passagem para voar com o antigo Concorde. Os interessados só precisam de "um treinamento de uma semana a dez dias", disse à rádio argentina Continental.
Concorrente argentino
O milionário informou que atualmente existem 26 projetos similares ao seu em diferentes países. Entre eles está o projeto argentino Gauchito, explicou o engenheiro espacial Pablo De León.
Em dois anos, prevê De León, a Argentina poderá decolar seu primeiro vôo espacial privado. No entanto, os prazos podem diminuir caso os pesquisadores consigam investidores para financiar o empreendimento de US$ 2 milhões.
O projeto do Gauchito prevê um foguete convencional, com quatro motores em sua parte inferior. Acima dessa estrutura, haveria uma cápsula cônica que se separa do foguete quando chega à altura máxima e, em seguida, desce de pára-quedas.
"O Gauchito quer popularizar as viagens espaciais, torná-las possíveis para o cidadão comum", disse o engenheiro. "Um dia desses, serão moeda corrente", afirmou.
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