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25/06/2004
-
14h57
da Folha Online
A Terra precisa com urgência de um sistema que ajude a prever variações climáticas a longo prazo que afetem desde as colheitas da Índia até a produção hidrelétrica no Brasil. Essa é a conclusão de cientistas de todo o mundo reunidos em um painel do Programa de Pesquisa sobre o Clima Mundial (www.wmo.ch).
"Não temos um sistema de observação climática, e isso é um problema bastante difícil", disse Ed Sarachik, professor de ciências atmosféricas da Universidade de Washington.
Entender padrões de variação do clima com antecedência é importante, segundo os cientistas, porque pode ajudar a evitar prejuízos como os causados pelo El Niño --aquecimento periódico das águas do Pacífico--, que, em 1997, causou perdas estimadas em US$ 20 bilhões por todo o mundo.
Embora satélites possam medir a temperatura da superfície dos oceanos, pouco é conhecido sobre correntes, salinidade, densidade e outros fatores abaixo da superfície, disse Martin Visbeck, professor da universidade de Columbia. Também não existem bases de dados suficientemente organizadas com informações sobre umidade e uso do solo ou espessura das camadas de gelo próximas aos pólos.
Jonathan Overpeck, diretor do Instituto de Estudos sobre o Planeta Terra, da universidade do Arizona, deu um exemplo da utilidade de um sistema como esse.
Ele disse que há cinco anos, não havia dados suficientes sobre a temperatura na superfície dos oceanos para prever a seca que atualmente atinge a região sudoeste dos Estados Unidos. Mas agora há: "Estamos fazendo um progresso real", disse.
Durante a conferência, Overpeck criticou os cortes da administração Bush nas verbas da Nasa (agência espacial norte-americana) para o estudo da Terra em favor da exploração espacial. "Não é hora de parar de observar a Terra", disse.
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Planeta precisa de sistema para previsão climática
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A Terra precisa com urgência de um sistema que ajude a prever variações climáticas a longo prazo que afetem desde as colheitas da Índia até a produção hidrelétrica no Brasil. Essa é a conclusão de cientistas de todo o mundo reunidos em um painel do Programa de Pesquisa sobre o Clima Mundial (www.wmo.ch).
"Não temos um sistema de observação climática, e isso é um problema bastante difícil", disse Ed Sarachik, professor de ciências atmosféricas da Universidade de Washington.
Entender padrões de variação do clima com antecedência é importante, segundo os cientistas, porque pode ajudar a evitar prejuízos como os causados pelo El Niño --aquecimento periódico das águas do Pacífico--, que, em 1997, causou perdas estimadas em US$ 20 bilhões por todo o mundo.
Embora satélites possam medir a temperatura da superfície dos oceanos, pouco é conhecido sobre correntes, salinidade, densidade e outros fatores abaixo da superfície, disse Martin Visbeck, professor da universidade de Columbia. Também não existem bases de dados suficientemente organizadas com informações sobre umidade e uso do solo ou espessura das camadas de gelo próximas aos pólos.
Jonathan Overpeck, diretor do Instituto de Estudos sobre o Planeta Terra, da universidade do Arizona, deu um exemplo da utilidade de um sistema como esse.
Ele disse que há cinco anos, não havia dados suficientes sobre a temperatura na superfície dos oceanos para prever a seca que atualmente atinge a região sudoeste dos Estados Unidos. Mas agora há: "Estamos fazendo um progresso real", disse.
Durante a conferência, Overpeck criticou os cortes da administração Bush nas verbas da Nasa (agência espacial norte-americana) para o estudo da Terra em favor da exploração espacial. "Não é hora de parar de observar a Terra", disse.
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