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01/07/2004
-
09h35
da Folha de S.Paulo
Pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, conseguiram isolar do veneno de cascavel uma substância que pode servir de base para a criação de um medicamento analgésico até 600 vezes mais poderoso que a morfina.
A investigação foi conduzida durante os últimos cinco anos, e agora os cientistas estão concluindo a fase pré-clínica dos estudos, feita com animais.
"Os primeiros testes com humanos devem ficar para o ano que vem", diz Otávio Azevedo Mercadante, diretor do instituto. "Até virar um medicamento, há um longo caminho a percorrer. Não é uma pesquisa que resulte imediatamente num comprimido, numa pílula numa prateleira."
Apesar disso, o potencial da descoberta não pode ser negligenciado. "Isso poderá mudar a forma como tratamos dores intensas e crônicas, como aquelas causadas por câncer. A substância deve competir com a morfina e outros opiáceos." Até onde se sabe, a substância não causa a dependência física que ocorre no uso da morfina, pois agiria em receptores (moléculas de ativação de neurônios) diferentes no cérebro. Além disso, parece ter mais eficiência na supressão da dor.
A pesquisa com o veneno da cascavel (nome científico Crotalus durissus) foi realizada no Centro de Toxinologia Aplicada do Butantan, com financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do Consórcio Farmacêutico, instituição que reúne várias companhias do setor.
Os pesquisadores pretendem publicar seus resultados em revistas científicas o mais rápido possível, segundo Mercadante, mas estão esperando o processamento dos pedidos de patente para que não percam a primazia sobre a descoberta.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre o Instituto Butantan
Grupo faz analgésico com veneno de cobra
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Pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, conseguiram isolar do veneno de cascavel uma substância que pode servir de base para a criação de um medicamento analgésico até 600 vezes mais poderoso que a morfina.
A investigação foi conduzida durante os últimos cinco anos, e agora os cientistas estão concluindo a fase pré-clínica dos estudos, feita com animais.
"Os primeiros testes com humanos devem ficar para o ano que vem", diz Otávio Azevedo Mercadante, diretor do instituto. "Até virar um medicamento, há um longo caminho a percorrer. Não é uma pesquisa que resulte imediatamente num comprimido, numa pílula numa prateleira."
Apesar disso, o potencial da descoberta não pode ser negligenciado. "Isso poderá mudar a forma como tratamos dores intensas e crônicas, como aquelas causadas por câncer. A substância deve competir com a morfina e outros opiáceos." Até onde se sabe, a substância não causa a dependência física que ocorre no uso da morfina, pois agiria em receptores (moléculas de ativação de neurônios) diferentes no cérebro. Além disso, parece ter mais eficiência na supressão da dor.
A pesquisa com o veneno da cascavel (nome científico Crotalus durissus) foi realizada no Centro de Toxinologia Aplicada do Butantan, com financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do Consórcio Farmacêutico, instituição que reúne várias companhias do setor.
Os pesquisadores pretendem publicar seus resultados em revistas científicas o mais rápido possível, segundo Mercadante, mas estão esperando o processamento dos pedidos de patente para que não percam a primazia sobre a descoberta.
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