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06/07/2004 - 10h35

América Latina tem dois milhões de infectados pelo HIV

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da France Presse, em Paris (França)

A Aids continua se espalhando na América Latina e no Caribe: em 2003 a doença matou 120 mil pessoas e o vírus HIV contaminou outras 250 mil, elevando o número de infectados a 2 milhões, informou a Unaids (o programa das Nações Unidas para o combate à doença).

O país mais atingido da região é o Haiti, que possui 5,6% de sua população contaminada. A Unaids também alertou para a situação na Argentina, onde 24% dos homossexuais masculinos são portadores do vírus HIV.

Os números do relatório são superiores aos do ano anterior. Em 2002, 100 mil pessoas morreram em decorrência da Aids e 210 mil foram contaminadas pelo vírus.

"Na maioria dos países da América do Sul, quase todos os casos [de contaminação] estão relacionados ao uso de instrumentos contaminados, como a injeção, ou a relações sexuais entre homens", destaca o relatório.

O documento acrescenta que "a epidemia na América Latina, mais do que generalizada, tende a se concentrar preferencialmente em grupos de população com algum risco em particular".

Em razão disso, baixas porcentagens nacionais podem ocultar epidemias "muito graves em setores específicos de alto risco". No Brasil, por exemplo, onde a incidência da doença é inferior a 1%, há cidades que possuem 60% dos usuários de drogas injetáveis contaminados pelo HIV.

América Central

O documento também cita a situação da América Central, onde o número de casos da doença entre prostitutas varia muito, atingindo o máximo em Honduras, com 10%.

No Caribe, a Aids está presente, sobretudo, entre heterossexuais e, em muitos lugares, há alta predominância entre as prostitutas.

A República Dominicana também é muito afetada embora "esforços de prevenção eficazes tenham sido realizados para aumentar o uso de preservativos.

Além disso, Bahamas e Trinidad e Tobago têm pelo menos 3% de sua população contaminada pelo vírus HIV, enquanto Barbados possui 1,5%. Já a incidência em Cuba é muito inferior a 1% da população.

A exclusão também influi significativamente nos dados numéricos do relatório: a proporção de infectados que recebe os medicamentos anti-HIV apropriados vai de 75% em alguns países a apenas 25% em outros.

"As epidemias não serão derrotadas até que os países aceitem as realidades do consumo de drogas injetáveis e das relações sexuais entre homens", ressalta a Unaids. "Estigmatizar e negar tais comportamentos só pode favorecer as epidemias silenciosas em curso", acrescenta.

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