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06/07/2004 - 17h04

Espanhóis estudam restos de maior dinossauro da Europa

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da France Presse, em Riodeva (Espanha)

Para os leigos, a jazida de Riodeva parece apenas um campo com pedras um pouco mais enterradas que as demais. Mas para os paleontólogos, o local possui os ossos do maior dinossauro europeu, que pode pertencer a uma espécie desconhecida, do mesmo tamanho do argentinossauro.

Em maio de 2003, os paleontólogos Alberto Cobos e Rafael Royo encontraram milhares de ossos fossilizados em um campo de cultivo, depois de terem caminhado vários dias na serra de Teruel, região rica em fósseis, localizada no nordeste da Espanha.

O entusiasmo da dupla aumentou com a descoberta, sob a terra do povoado de Riodeva, de um úmero de 1,78 metro, que atribuíram a um saurópode que teria vivido no período Cretáceo (144 milhões a 65 milhões de anos atrás).

Os cientistas da Fundação Conjunto Paleontológico de Teruel acreditam que o animal poderia medir de 30 a 35 metros de comprimento e pesar de 40 a 50 toneladas.

"A descoberta é importante porque é o maior e mais completo dinossauro que já encontramos na Europa, talvez um dos maiores do mundo", afirma Luis Alcalá, presidente da fundação. "Tudo parece indicar que estamos diante de algo novo, uma espécie até agora desconhecida", acrescenta.

O maior dinossauro já encontrado é o argentinossauro (Argentinossauro huinculensis), medindo entre 30 e 35 metros. Dele restaram uma pata e três vértebras que foram descobertas na região da Patagônia, sul da Argentina.

O dinossauro de Riodeva, uma região atualmente montanhosa e árida, viveu há mais de 100 milhões de anos em uma planície de exuberante vegetação tropical --principal fonte de alimento de saurópodes, quadrúpedes herbívoros de cauda comprida.

Seus restos --patas dianteiras e traseiras, vértebras, unhas de 30 centímetros e centenas de fragmentos não-identificados-- estão muito espalhados.

"Foi necessário um trabalho minucioso durante três meses para extrair, limpar e juntar os pedaços do úmero de 150 quilos", explica Alcalá, que anunciou a descoberta em fevereiro.

Os paleontólogos, entretanto, continuam com o trabalho de escavação para tentar juntar as outras partes do esqueleto. "Tenho a intuição de que lá encontraremos a cabeça", conclui Royo.

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