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27/07/2004
-
09h47
da Agência Lusa
As borboletas parecem ser as criaturas mais silenciosas do mundo, mas uma recente investigação descobriu que esses coloridos insetos emitem sons e parecem comunicar entre si, indica um estudo da Universidade da Flórida.
Mirian Hay-Roe, entomóloga da instituição em Gainvesville, constatou que as borboletas Heliconius cydno, da América Central e do Sul, emitem uma série de ruídos só audíveis quando interagem.
A descoberta insere-se no pequeno mas crescente número de estudos que sugerem que algumas espécies de borboletas usam sons para comunicar entre si.
"Foi uma dessas descobertas acidentais que por vezes acontecem na ciência", disse Hay-Roe, investigadora do Instituto da Ciências Agrícolas e de Alimentos da Universidade da Flórida.
"Não estava à procura de comunicação entre borboletas, observei apenas que essas borboletas produziam ruídos", acrescentou.
Hay-Roe diz que falta saber como essas borboletas, conhecidas pelas suas grandes asas azuis e brancas, emitem os ruídos pois parecem não ter um sistema especializado para essa função.
Perseguição
As Heliconius cydno adultas se alimentam do pólen das flores tropicais e juntam-se às centenas nas árvores durante a noite.
A descoberta do som que produzem ocorreu há vários anos, quando a investigadora trabalhava com várias espécies e partilhava uma estufa com outro colega que estudava as Heliconius cydno, tendo então observado algo estranho: estas pareciam incomodar as outras borboletas.
"Elas perseguiam as minhas borboletas por toda a estufa", explicou a entomóloga que, além disso, reparou que as Heliconius cydno emitiam um som tênue quando afastavam as rivais do seu território.
Depois de passar muito tempo observando-as, descobriu que também emitiam o som quando estavam no meio da sua própria espécie e durante seus vôos.
Gravador
Munida de um gravador, Hay-Roe conseguiu registrar alguns dos sons das borboletas, que analisou com Richard Mankin, entomólogo do Departamento de Agricultura dos EUA, tendo juntos publicado os resultados do estudo no "Journal of Insect Behaviour".
A investigadora vai continuar a aprofundar o estudo para tentar provar que os sons são uma forma de comunicação e que, dado o contexto em que foram emitidos, foram usados para afugentar as outras borboletas do seu território.
A presumível comunicação entre borboletas é alvo de especulação desde o tempo de Charles Darwin. Em 1874, o biólogo afirmou que a espécie Hamadryas usava sons para atrair potenciais pares.
Investigações recentes indicaram que as Hamadryas têm órgãos semelhantes a ouvidos que podem detectar os sons de outras borboletas, reforçando a idéia de que se trata de uma forma de comunicação.
Especial
Arquivo: leia mais sobre estudos com borboletas
Borboletas emitem sons e podem se comunicar, diz estudo
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As borboletas parecem ser as criaturas mais silenciosas do mundo, mas uma recente investigação descobriu que esses coloridos insetos emitem sons e parecem comunicar entre si, indica um estudo da Universidade da Flórida.
Mirian Hay-Roe, entomóloga da instituição em Gainvesville, constatou que as borboletas Heliconius cydno, da América Central e do Sul, emitem uma série de ruídos só audíveis quando interagem.
A descoberta insere-se no pequeno mas crescente número de estudos que sugerem que algumas espécies de borboletas usam sons para comunicar entre si.
"Foi uma dessas descobertas acidentais que por vezes acontecem na ciência", disse Hay-Roe, investigadora do Instituto da Ciências Agrícolas e de Alimentos da Universidade da Flórida.
"Não estava à procura de comunicação entre borboletas, observei apenas que essas borboletas produziam ruídos", acrescentou.
Hay-Roe diz que falta saber como essas borboletas, conhecidas pelas suas grandes asas azuis e brancas, emitem os ruídos pois parecem não ter um sistema especializado para essa função.
Perseguição
As Heliconius cydno adultas se alimentam do pólen das flores tropicais e juntam-se às centenas nas árvores durante a noite.
A descoberta do som que produzem ocorreu há vários anos, quando a investigadora trabalhava com várias espécies e partilhava uma estufa com outro colega que estudava as Heliconius cydno, tendo então observado algo estranho: estas pareciam incomodar as outras borboletas.
"Elas perseguiam as minhas borboletas por toda a estufa", explicou a entomóloga que, além disso, reparou que as Heliconius cydno emitiam um som tênue quando afastavam as rivais do seu território.
Depois de passar muito tempo observando-as, descobriu que também emitiam o som quando estavam no meio da sua própria espécie e durante seus vôos.
Gravador
Munida de um gravador, Hay-Roe conseguiu registrar alguns dos sons das borboletas, que analisou com Richard Mankin, entomólogo do Departamento de Agricultura dos EUA, tendo juntos publicado os resultados do estudo no "Journal of Insect Behaviour".
A investigadora vai continuar a aprofundar o estudo para tentar provar que os sons são uma forma de comunicação e que, dado o contexto em que foram emitidos, foram usados para afugentar as outras borboletas do seu território.
A presumível comunicação entre borboletas é alvo de especulação desde o tempo de Charles Darwin. Em 1874, o biólogo afirmou que a espécie Hamadryas usava sons para atrair potenciais pares.
Investigações recentes indicaram que as Hamadryas têm órgãos semelhantes a ouvidos que podem detectar os sons de outras borboletas, reforçando a idéia de que se trata de uma forma de comunicação.
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