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24/11/2000 - 12h57

Injeções podem bloquear dor causada por infecção viral

da Reuters
em Boston

Injeções semanais na coluna de um antiinflamatório esteróide podem reduzir dramaticamente _e com frequência eliminar_ a dor persistente e algumas vezes bastante intensa do herpes-zoster, segundo pesquisa publicada no "New England Journal of Medicine".

As injeções do esteróide metilprednisolona, combinada à lidocaína, funcionaram em 91% dos voluntários, comparados a 6% entre os que receberam somente a lidocaína.

"Para este experiente observador, os resultados são formidáveis", avaliou Peter Watson, da Universidade de Toronto, em editorial, alertando, porém, que nem todos os pacientes podem se submeter ao tratamento.

O herpes-zoster, infecção viral que causa inflamação, sensibilidade em alguns nervos espinhais e provoca dores fortes, ataca até 850 mil pessoas nos Estados Unidos anualmente.

Depois da infecção, cerca de 85 mil têm dor com sensação de queimação e algumas vezes uma sensação dolorosa semelhante a um choque elétrico.

Muitos também apresentam a pele tão sensível ao toque que "se tornam reclusos, incapazes de suportar nem sequer um leve contato da roupa na pele afetada", disse Watson. Poucos tratamentos têm sido efetivos até agora.

Pesquisadores, chefiados por Naoki Kotani, da Escola de Medicina da Universidade de Hirosaki, em Hirosaki (Japão), testaram 277 voluntários cuja dor persistiu por pelo menos um ano mesmo depois de todo tratamento. As drogas foram injetadas na coluna uma vez por semana, durante quatro semanas.

Entre os 89 que receberam a combinação com lidocaína, o tratamento funcionou em 81 e persistiu por pelo menos dois anos.

Para 91 pessoas que receberam apenas a injeção de lidocaína, apenas 14 relataram um alívio da dor bom ou excelente, sendo que oito pessoas deste grupo pioraram rapidamente. Apenas quatro pessoas do grupo de controle sentiram melhora sem tratamento.

"Durante os dois anos seguintes, nenhum dos pacientes do grupo da lidocaína teve efeitos adversos ou recaída da dor", relatam os pesquisadores.

"Será interessante verificar se mais testes e práticas clínicas poderão reproduzir a eficácia e a segurança" da técnica, disse Watson.
 

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