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21/09/2004
-
12h36
da Agência Lusa
Uma equipe de pesquisadores suíços desenvolveu um novo sistema que permite recuperar LPs riscados ou quebrados, recorrendo a imagens captadas por um câmara fotográfica, um microscópio e um computador.
O projeto, da Escola de Engenharia de Friburgo em colaboração com Fonoteca Nacional Suíça, permite recuperar discos que poderiam ser considerados irremediavelmente perdidos.
Como exemplo, a equipe mostrou a jornalistas uma antiga gravação de "Adido a la caserna", pequena canção militar típica do cantão de Tessin, gravada em 1929.
Velho vinil
A plataforma original, um disco de 78 rotações, estava completamente arruinada, com fissuras e fungos na superfície, o que impossibilitava a reprodução do LP em qualquer agulha.
A nova tecnologia, chamada "Visual Áudio", permite que informações contidas em plataformas sonoras sejam fotografadas, analisadas sob um microscópio e posteriormente interpretadas num computador, que reproduz uma "cópia" límpida da gravação original.
Antes de 1950, quando os primeiros sistemas de gravação magnética chegaram ao mercado, o som era registado em discos de vinil. O material era frágil, difícil de conservar, e os discos mais antigos normalmente têm muitos riscos. Além disso, se os discos não fossem adequadamente guardados, tornavam-se alvo de fungos que os danificam ainda mais.
E foi pensando nisso, e na sua coleção de 250 mil discos --alguns verdadeiros documentos históricos-- que a Fonoteca Nacional Suíça decidiu apostar no projeto.
"Ver" o som
A idéia foi desenvolvida ao longo dos últimos cinco anos, com uma equipe multidisciplinar que se propôs a tarefa de "ver" o som, interpretando os sulcos onde os dados estão registrados.
"Num disco comum, a informação musical é extraída por uma agulha que percorre um sulco e vibra de acordo com as irregularidades na sua superfície. Ela reproduz mecanicamente o som gravado. Isso significa que a informação musical pode ser vista", explica Ottar Johnsen, responsável do projeto.
O grupo acabou desenvolvendo uma máquina fotográfica especial, que recorre a filmes de alta resolução e registra uma imagem de dimensão idêntica à do disco.
O negativo é depois colocado sobre uma vitrola especial que, em vez de agulha, recorre a um potente microscópio para registrar as informações de cada sulco, gravando-as em computador.
Um programa especialmente desenvolvido para o "Visual Audio" interpreta então o sinal recebido, produzindo o som original.
Recuperação
Os responsáveis garantem que a tecnologia permite até mesmo recuperar discos quebrados -- o programa seria capaz de "completar" a informação que falta, recorrendo a repetições de freqüência e tendências.
O objetivo dos investigadores, que já concluíram uma primeira série de testes, é ter um protótipo pronto até ao final de 2005, quando a análise da imagem será aperfeiçoada, permitindo a recuperação de discos ainda mais danificados.
O primeiro cliente será a Fonoteca, que diz ter já mais de 50 mil discos em "péssimo estado" e precisando de "recuperação urgente".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre LPs
Técnica fotografa sulcos de LPs para recuperar discos antigos
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Uma equipe de pesquisadores suíços desenvolveu um novo sistema que permite recuperar LPs riscados ou quebrados, recorrendo a imagens captadas por um câmara fotográfica, um microscópio e um computador.
O projeto, da Escola de Engenharia de Friburgo em colaboração com Fonoteca Nacional Suíça, permite recuperar discos que poderiam ser considerados irremediavelmente perdidos.
Como exemplo, a equipe mostrou a jornalistas uma antiga gravação de "Adido a la caserna", pequena canção militar típica do cantão de Tessin, gravada em 1929.
Velho vinil
A plataforma original, um disco de 78 rotações, estava completamente arruinada, com fissuras e fungos na superfície, o que impossibilitava a reprodução do LP em qualquer agulha.
A nova tecnologia, chamada "Visual Áudio", permite que informações contidas em plataformas sonoras sejam fotografadas, analisadas sob um microscópio e posteriormente interpretadas num computador, que reproduz uma "cópia" límpida da gravação original.
Antes de 1950, quando os primeiros sistemas de gravação magnética chegaram ao mercado, o som era registado em discos de vinil. O material era frágil, difícil de conservar, e os discos mais antigos normalmente têm muitos riscos. Além disso, se os discos não fossem adequadamente guardados, tornavam-se alvo de fungos que os danificam ainda mais.
E foi pensando nisso, e na sua coleção de 250 mil discos --alguns verdadeiros documentos históricos-- que a Fonoteca Nacional Suíça decidiu apostar no projeto.
"Ver" o som
A idéia foi desenvolvida ao longo dos últimos cinco anos, com uma equipe multidisciplinar que se propôs a tarefa de "ver" o som, interpretando os sulcos onde os dados estão registrados.
"Num disco comum, a informação musical é extraída por uma agulha que percorre um sulco e vibra de acordo com as irregularidades na sua superfície. Ela reproduz mecanicamente o som gravado. Isso significa que a informação musical pode ser vista", explica Ottar Johnsen, responsável do projeto.
O grupo acabou desenvolvendo uma máquina fotográfica especial, que recorre a filmes de alta resolução e registra uma imagem de dimensão idêntica à do disco.
O negativo é depois colocado sobre uma vitrola especial que, em vez de agulha, recorre a um potente microscópio para registrar as informações de cada sulco, gravando-as em computador.
Um programa especialmente desenvolvido para o "Visual Audio" interpreta então o sinal recebido, produzindo o som original.
Recuperação
Os responsáveis garantem que a tecnologia permite até mesmo recuperar discos quebrados -- o programa seria capaz de "completar" a informação que falta, recorrendo a repetições de freqüência e tendências.
O objetivo dos investigadores, que já concluíram uma primeira série de testes, é ter um protótipo pronto até ao final de 2005, quando a análise da imagem será aperfeiçoada, permitindo a recuperação de discos ainda mais danificados.
O primeiro cliente será a Fonoteca, que diz ter já mais de 50 mil discos em "péssimo estado" e precisando de "recuperação urgente".
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