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08/10/2004 - 14h21

Células-tronco podem reverter defeito de nascimento

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da Agência Lusa, em Washington (EUA)

Além de reconstituírem partes do organismo, células-tronco embrionárias podem segregar moléculas curativas capazes de reverter um defeito de nascimento em ratos, indica estudo publicado na revista "Science".

Especialistas em células embrionárias enalteceram a descoberta, feita no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York. Para Kenneth Chien, da Universidade da Califórnia em San Diego, este "novo estudo (...) expande o potencial terapêutico [das células-tronco]".

Os pesquisadores injetaram células-tronco diretamente em embriões de ratos que iriam desenvolver defeitos cardíacos graves o suficiente para matar os animais ainda no útero. Metade dos ratos nasceu com o coração saudável.

"Ficamos surpresos por eles terem nascido e serem normais", comentou o coordenador da equipe de cientistas, Diego Fraidenraich.

No entanto poucas das células reconstituíram tecido cardíaco saudável. Em vez disso, segregaram certas moléculas que induziram as células próximas a modificar-se, reparando os defeitos desenvolvidos nesses tecidos.

Em um texto que acompanha a notícia na "Science", Chien afirma que os cientistas deviam agora investigar se essas moléculas poderão também tratar doenças cardíacas nos adultos.

Células-tronco são como curingas, células neutras que ainda não possuem características que as diferenciem como uma célula da pele ou do músculo, por exemplo. Elas têm a capacidade de se diferenciar em outros tecidos, o que tem chamado a atenção dos cientistas.

Cada vez mais pesquisas mostram que as células-tronco podem recompor tecidos danificados e tratar um infindável número de problemas, como alguns tipos de câncer, o mal de Parkinson e o de Alzheimer, doenças degenerativas e cardíacas ou até mesmo fazer com que pessoas que sofreram lesão na coluna voltem a andar.

Nesta quarta-feira, o Senado aprovou projeto que libera a pesquisa com células-tronco embrionárias no Brasil. Para obtê-las, os cientistas terão de recorrer a embriões congelados de clínicas de fertilização. A clonagem terapêutica, usada para criar embriões e retirar deles células-tronco --prática que inutiliza o embrião-- continua proibida.

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