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15/12/2004
-
13h58
da Folha Online
Enquanto se prepara para a segunda aproximação Titã, a sonda Cassini-Huygens conseguiu novas e instigantes imagens da lua de Saturno.
Uma delas, obtida pela sonda no dia 11 de dezembro, revela um contraste entre duas regiões da superfície de Titã que continua intrigando os cientistas da Nasa, a agência espacial norte-americana.
A região mais brilhante da imagem, na parte direita inferior, é conhecida pelo nome Xanadu. Os astrônomos atualmente debatem sobre os processos que podem ter criado o estranho reflexo da região, e também a "mancha" escura logo acima dela.
Uma coisa eles já descobriram --Titã tem uma superfície jovem, sem crateras evidentes, como a maioria das outras luas de Saturno. Mas ainda não há pistas sobre a natureza das atividades que mantém essa superfície sempre renovada --seja tectônica, eólica, fluvial, marinha ou vulcânica.
A Cassini-Huygens obteve a imagem a 810 mil quilômetros de distância da superfície de Titã. A fotografia original, disponível no site da Nasa, tem resolução de 4,8 quilômetros por pixel.
Próximos passos
No dia 17 de dezembro, a Cassini será colocada em uma trajetória controlada de colisão com Titã, o que permitirá liberar a sonda Huygens, colocando-a na rota correta. A separação entre Cassini e Huygens está prevista para o dia 25 de dezembro.
Depois de sua liberação, a sonda Huygens se afastará da Cassini a 35 centímetros por segundo, girando sobre si mesma aproximadamente 7 vezes por minuto para manter sua trajetória. Os dois veículos espaciais não voltarão a se comunicar até a abertura do principal pára-quedas da Huygens na atmosfera de Titã.
No dia 28 de dezembro, a nave Cassini realizará uma manobra para abandonar sua trajetória de colisão e retomar a missão. Então, vai se preparar para receber as informações transmitidas pela Huygens, as quais gravará para enviar mais tarde à Terra.
A previsão é que a sonda Huygens chegue a Titã no dia 14 de janeiro. Se a Huygens, concebida antes de tudo como uma sonda atmosférica e não como um aparelho para aterrissar, sobreviver ao impacto, poderá continuar se comunicando com a Cassini durante no máximo duas horas.
A Huygens é a parte européia do projeto, A ESA dirige as operações a partir do centro de controle de Darmstadt, na Alemanha. O JPL, Laboratório de Propulsão à Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia), concebeu, desenvolveu e construiu a nave central Cassini.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a sonda Cassini
Sonda Cassini prepara segunda aproximação de lua de Saturno
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Enquanto se prepara para a segunda aproximação Titã, a sonda Cassini-Huygens conseguiu novas e instigantes imagens da lua de Saturno.
Nasa/JPL/SSI |
A região mais brilhante da imagem, na parte direita inferior, é conhecida pelo nome Xanadu. Os astrônomos atualmente debatem sobre os processos que podem ter criado o estranho reflexo da região, e também a "mancha" escura logo acima dela.
Uma coisa eles já descobriram --Titã tem uma superfície jovem, sem crateras evidentes, como a maioria das outras luas de Saturno. Mas ainda não há pistas sobre a natureza das atividades que mantém essa superfície sempre renovada --seja tectônica, eólica, fluvial, marinha ou vulcânica.
A Cassini-Huygens obteve a imagem a 810 mil quilômetros de distância da superfície de Titã. A fotografia original, disponível no site da Nasa, tem resolução de 4,8 quilômetros por pixel.
Próximos passos
No dia 17 de dezembro, a Cassini será colocada em uma trajetória controlada de colisão com Titã, o que permitirá liberar a sonda Huygens, colocando-a na rota correta. A separação entre Cassini e Huygens está prevista para o dia 25 de dezembro.
Depois de sua liberação, a sonda Huygens se afastará da Cassini a 35 centímetros por segundo, girando sobre si mesma aproximadamente 7 vezes por minuto para manter sua trajetória. Os dois veículos espaciais não voltarão a se comunicar até a abertura do principal pára-quedas da Huygens na atmosfera de Titã.
No dia 28 de dezembro, a nave Cassini realizará uma manobra para abandonar sua trajetória de colisão e retomar a missão. Então, vai se preparar para receber as informações transmitidas pela Huygens, as quais gravará para enviar mais tarde à Terra.
A previsão é que a sonda Huygens chegue a Titã no dia 14 de janeiro. Se a Huygens, concebida antes de tudo como uma sonda atmosférica e não como um aparelho para aterrissar, sobreviver ao impacto, poderá continuar se comunicando com a Cassini durante no máximo duas horas.
A Huygens é a parte européia do projeto, A ESA dirige as operações a partir do centro de controle de Darmstadt, na Alemanha. O JPL, Laboratório de Propulsão à Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia), concebeu, desenvolveu e construiu a nave central Cassini.
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