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17/12/2004
-
11h47
da France Presse, em Wellington
O chefe da estação neozelandesa na Antártica minimizou o risco de um grande iceberg bloquear o acesso da base ao mar e matar de fome os pingüins.
Especialistas neozelandeses temem que este iceberg, que mede cerca de 150 km de comprimento por 25 km de largura, bloqueie os caminhos de fornecimento das três bases polares e cause a morte de dezenas de milhares de pingüins.
Conhecido como B15A, ele é um fragmento de um dos maiores icebergs conhecidos, que se desprendeu do bloco glacial Ross em 2000 e começou a se romper no ano passado.
Ele é tão grande que modificou as correntes de ar e água que normalmente rompem os gelos nesta época do ano em McMurdo Sound, a principal via de acesso marítimo às três bases da Antártica administradas pela Nova Zelândia, Estados Unidos e Itália.
John Cockrem, especialista em pingüins da Universidade Massey da Nova Zelândia, disse que duas colônias de pingüins de Adélia na Ilha de Ross também corriam perigo porque a presença deste iceberg significava que os animais teriam que viajar até 60 km para encontrar alimento em águas de livre acesso.
Mas Julian Tangaere, o gerente da base neozelandesa Scott, afirmou que o iceberg se aproximava ao mar a uma velocidade de 2 km a 3 km por dia, deixando um espaço de gelo cada vez maior em direção o oceano aberto.
"Sinceramente, creio que algumas pessoas se apressaram a dar o alarme, e me parece que há tempo suficiente para esperar e ver como as coisas se desenvolvem", declarou a partir da Antártica.
Tangaere afirmou que as temperaturas na região foram bem temperadas, de 2°C, abrandando o gelo através do qual quatro barcos com suprimentos terão que navegar para chegar as três bases no Ano Novo.
"Pensamos que será una tarefa difícil, mas não impedirá que os barcos cheguem com provisões", destacou.
Cockrem disse que as colônias de pingüins da Ilha de Ross que correm perigo são formadas por 50 mil casais reprodutores, menos de 2% dos pingüins de Adélia reprodutores da Antártica.
"Ainda que se trate de uma questão grave para estes pingüins em particular, não põe em perigo a sobrevivência da espécie", afirmou.
Segundo o Greenpeace da Nova Zelândia, não se sabe se o iceberg foi originado pelo aquecimento climático, mas sua presença destaca a necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre as mudanças climáticas.
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Conhecido como B15A, ele é um fragmento de um dos maiores icebergs conhecidos, que se desprendeu do bloco glacial Ross em 2000 e começou a se romper no ano passado.
Ele é tão grande que modificou as correntes de ar e água que normalmente rompem os gelos nesta época do ano em McMurdo Sound, a principal via de acesso marítimo às três bases da Antártica administradas pela Nova Zelândia, Estados Unidos e Itália.
John Cockrem, especialista em pingüins da Universidade Massey da Nova Zelândia, disse que duas colônias de pingüins de Adélia na Ilha de Ross também corriam perigo porque a presença deste iceberg significava que os animais teriam que viajar até 60 km para encontrar alimento em águas de livre acesso.
Mas Julian Tangaere, o gerente da base neozelandesa Scott, afirmou que o iceberg se aproximava ao mar a uma velocidade de 2 km a 3 km por dia, deixando um espaço de gelo cada vez maior em direção o oceano aberto.
"Sinceramente, creio que algumas pessoas se apressaram a dar o alarme, e me parece que há tempo suficiente para esperar e ver como as coisas se desenvolvem", declarou a partir da Antártica.
Tangaere afirmou que as temperaturas na região foram bem temperadas, de 2°C, abrandando o gelo através do qual quatro barcos com suprimentos terão que navegar para chegar as três bases no Ano Novo.
"Pensamos que será una tarefa difícil, mas não impedirá que os barcos cheguem com provisões", destacou.
Cockrem disse que as colônias de pingüins da Ilha de Ross que correm perigo são formadas por 50 mil casais reprodutores, menos de 2% dos pingüins de Adélia reprodutores da Antártica.
"Ainda que se trate de uma questão grave para estes pingüins em particular, não põe em perigo a sobrevivência da espécie", afirmou.
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