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17/12/2004
-
12h09
da Folha Online
da Agência Lusa
A análise de rochas da Groelândia localiza os primeiros traços de vida terrestre 3,85 bilhões de anos atrás, afirmam pesquisadores em estudo publicado hoje pela revista "Science".
"Os resultados mostram sem nenhuma ambigüidade que essas rochas são sedimentos depostos no fundo de um oceano", explicou Nicholas Dauphas, geofísico da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, que coordenou o estudo.
"É um resultado importante, com fundamentos sólidos", diz o cientista no trabalho divulgado pela "Science".
"As rochas da Groelândia, encontradas em camadas ferruginosas, eram muito controversas", afirmou o pesquisador. Isso porque alguns geofísicos pensam que essas rochas contêm vestígios de vida de 3,85 bilhões de anos, mas, para outros, isso seria impossível --essas rochas fariam parte do magma.
O debate acabou esclarecido graças a um espectrômetro de ponta do Field Museum de Chicago, que permite analisar as massas atômicas das rochas terrestres e dos meteoritos, afirmou Nicholas Dauphas.
Dauphas usou o equipamento para medir, com precisão, as variações atômicas sutis na composição do ferro preservadas nas rochas da costa sudoeste da Groelândia. A variação dos isótopos revelou ao cientista que tipo de processo formou as rochas.
"Há evidências convincentes de que essas rochas não são vulcânicas", disse Meenakshi Wadhwa, do Field Museum, que também participou do estudo. "Todas as rochas vulcânicas da Terra apresentam praticamente a mesma composição isotópica do ferro, então foi um teste relativamente simples", disse Andrew Davis, colega de Dauphas na Universidade de Chicago.
Os mais antigos microfósseis conhecidos até agora, provenientes da Austrália e que também são contestados, têm 3,4 bilhões de anos. Com a nova descoberta, os cientistas começam a se debruçar sobre a Groelândia em busca de evidências sobre a origem da vida na Terra.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a revista "Science"
Primeiros sinais de vida remontam a 3,85 bilhões de anos
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da Agência Lusa
A análise de rochas da Groelândia localiza os primeiros traços de vida terrestre 3,85 bilhões de anos atrás, afirmam pesquisadores em estudo publicado hoje pela revista "Science".
"Os resultados mostram sem nenhuma ambigüidade que essas rochas são sedimentos depostos no fundo de um oceano", explicou Nicholas Dauphas, geofísico da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, que coordenou o estudo.
"É um resultado importante, com fundamentos sólidos", diz o cientista no trabalho divulgado pela "Science".
"As rochas da Groelândia, encontradas em camadas ferruginosas, eram muito controversas", afirmou o pesquisador. Isso porque alguns geofísicos pensam que essas rochas contêm vestígios de vida de 3,85 bilhões de anos, mas, para outros, isso seria impossível --essas rochas fariam parte do magma.
O debate acabou esclarecido graças a um espectrômetro de ponta do Field Museum de Chicago, que permite analisar as massas atômicas das rochas terrestres e dos meteoritos, afirmou Nicholas Dauphas.
Dauphas usou o equipamento para medir, com precisão, as variações atômicas sutis na composição do ferro preservadas nas rochas da costa sudoeste da Groelândia. A variação dos isótopos revelou ao cientista que tipo de processo formou as rochas.
"Há evidências convincentes de que essas rochas não são vulcânicas", disse Meenakshi Wadhwa, do Field Museum, que também participou do estudo. "Todas as rochas vulcânicas da Terra apresentam praticamente a mesma composição isotópica do ferro, então foi um teste relativamente simples", disse Andrew Davis, colega de Dauphas na Universidade de Chicago.
Os mais antigos microfósseis conhecidos até agora, provenientes da Austrália e que também são contestados, têm 3,4 bilhões de anos. Com a nova descoberta, os cientistas começam a se debruçar sobre a Groelândia em busca de evidências sobre a origem da vida na Terra.
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