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27/11/2000
-
14h24
FHC defende controle rigoroso para preservar camada de ozônio
Austrália diz que errou ao apoiar EUA na conferência sobre clima
Ilhas do Pacífico são mais prejudicadas com mudança climática
da Reuters
em Haia
Os EUA e a União Européia (UE) trocaram acusações mútuas no domingo pelo fracasso das negociações climáticas mundiais e boa parte do resto do mundo culpou ambos pelo fiasco.
A ruptura caótica, no domingo, da conferência de Haia, após duas semanas, criou um impasse confuso na luta contra o aquecimento global.
Ativistas e países pobres fizeram críticas contundentes à incapacidade dos países mais ricos de parar de discordar sobre os custos da limpeza do planeta e de se unir para enfrentar as mudanças climáticas às quais já são atribuídos os extremos climáticos que vêm sendo vistos em muitas partes do mundo.
"O fracasso destas conversações é um desastre. Não há palavras para expressar nossa revolta", disse o grupo Amigos da Terra.
A conferência de Haia tinha por objetivo acordar medidas para implementar um pacto selado em Kyoto, Japão, em 1997, que previu uma redução média de 5% até 2010 nas emissões de gases causadores do efeito estufa dos países desenvolvidos, em relação aos níveis de 1990.
Participantes nas discussões disseram que um acordo sobre medidas para implementar o pacto de Kyoto traçado por alguns países da UE e Washington foi rejeitado à última hora pelo grupo total da UE, composto de 15 países.
O processo agora enfrenta um impasse que deve durar no mínimo alguns meses. Embora muitos delegados tenham pedido a reconvocação urgente da conferência, os representantes norte-americanos disseram que Washington só vai se dispor a retomar as negociações no próximo ano.
Suas posições podem ter refletido as incertezas existentes nos EUA em razão da eleição presidencial no país.
Alguns delegados acham que as conversações provavelmente serão retomadas em maio, em Bonn.
A disputa entre UE e EUA se deveu principalmente a um plano norte-americano para permitir que os países desenvolvidos contabilizem o dióxido de carbono absorvido pelas florestas, subtraindo-o de suas emissões de gases causadores do efeito estufa.
Com o respaldo da Austrália, Canadá e Japão, Washington disse que não pode alcançar suas metas sem esses métodos, mas os adversários do plano dizem que eles podem, na realidade, provocar um aumento nas emissões globais de gases.
Para os especialistas, a não redução das emissões vai causar mais tempestades e enchentes como as devastaram partes da Ásia e Austrália no mês passado e, um ano atrás, o sul da África e a Venezuela.
Para Tommy Remengesau, presidente eleito de Palau, uma das ilhas no Pacífico mais vulneráveis à elevação dos níveis oceânicos, "o tempo não está se esgotando, já se esgotou".
Na Alemanha, o líder parlamentar do governista Partido Social-Democrata disse que, ao bloquear o acordo sobre a redução das emissões, Washington está tratando o resto do mundo como sua "colônia".
EUA e UE trocam acusações sobre fracasso de cúpula do clima
da Reuters
em Haia
Os EUA e a União Européia (UE) trocaram acusações mútuas no domingo pelo fracasso das negociações climáticas mundiais e boa parte do resto do mundo culpou ambos pelo fiasco.
A ruptura caótica, no domingo, da conferência de Haia, após duas semanas, criou um impasse confuso na luta contra o aquecimento global.
Ativistas e países pobres fizeram críticas contundentes à incapacidade dos países mais ricos de parar de discordar sobre os custos da limpeza do planeta e de se unir para enfrentar as mudanças climáticas às quais já são atribuídos os extremos climáticos que vêm sendo vistos em muitas partes do mundo.
"O fracasso destas conversações é um desastre. Não há palavras para expressar nossa revolta", disse o grupo Amigos da Terra.
A conferência de Haia tinha por objetivo acordar medidas para implementar um pacto selado em Kyoto, Japão, em 1997, que previu uma redução média de 5% até 2010 nas emissões de gases causadores do efeito estufa dos países desenvolvidos, em relação aos níveis de 1990.
Participantes nas discussões disseram que um acordo sobre medidas para implementar o pacto de Kyoto traçado por alguns países da UE e Washington foi rejeitado à última hora pelo grupo total da UE, composto de 15 países.
O processo agora enfrenta um impasse que deve durar no mínimo alguns meses. Embora muitos delegados tenham pedido a reconvocação urgente da conferência, os representantes norte-americanos disseram que Washington só vai se dispor a retomar as negociações no próximo ano.
Suas posições podem ter refletido as incertezas existentes nos EUA em razão da eleição presidencial no país.
Alguns delegados acham que as conversações provavelmente serão retomadas em maio, em Bonn.
A disputa entre UE e EUA se deveu principalmente a um plano norte-americano para permitir que os países desenvolvidos contabilizem o dióxido de carbono absorvido pelas florestas, subtraindo-o de suas emissões de gases causadores do efeito estufa.
Com o respaldo da Austrália, Canadá e Japão, Washington disse que não pode alcançar suas metas sem esses métodos, mas os adversários do plano dizem que eles podem, na realidade, provocar um aumento nas emissões globais de gases.
Para os especialistas, a não redução das emissões vai causar mais tempestades e enchentes como as devastaram partes da Ásia e Austrália no mês passado e, um ano atrás, o sul da África e a Venezuela.
Para Tommy Remengesau, presidente eleito de Palau, uma das ilhas no Pacífico mais vulneráveis à elevação dos níveis oceânicos, "o tempo não está se esgotando, já se esgotou".
Na Alemanha, o líder parlamentar do governista Partido Social-Democrata disse que, ao bloquear o acordo sobre a redução das emissões, Washington está tratando o resto do mundo como sua "colônia".
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