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10/01/2005
-
15h10
da Reuters
Duas semanas depois, a Terra ainda está vibrando por conta do grande terremoto submarino nas proximidades da Indonésia que disparou o tsunami responsável pela devastação na Ásia e na África, dizem cientistas australianos.
A Universidade Nacional Australiana declarou que as reverberações eram similares em sua forma à conhecida vibração de um sino, só que sem o som. Segundo a instituição, esses sinais foram captados por instrumentos de monitoramento gravitacional.
"Essas não são coisas que vão tirar você da cadeira, mas são coisas que os instrumentos que estão ao redor do mundo podem medir rotineiramente", disse o pesquisador Herb McQueen. "São certamente superiores às vibrações de pano de fundo que a Terra está normalmente acostumada a experimentar."
O terremoto de magnitude 9 na escala Richter, o mais forte em 40 anos, partiu da costa da ilha de Sumatra, na Indonésia, em 26 de dezembro. O tsunami resultante eliminou mais de 156 mil vidas.
McQueen disse que as oscilações estavam desaparecendo e nos níveis atuais eram equivalentes a cerca de um milímetro de movimento vertical da superfície.
Imediatamente após o terremoto, a oscilação era provavelmente na casa dos 20 a 30 centímetros, que é a tipicamente gerada na Terra pela ação gravitacional do Sol e da Lua (responsável pelas marés nos oceanos).
"Esse terremoto em particular, porque foi dez vezes maior que a maioria dos grandes terremotos recentes, continua a reverberar", disse McQueen. O mesmo efeito seria esperado de qualquer outro terremoto com força similar.
"Ainda podemos sentir um sinal contínuo da Terra vibrando como resultado do terremoto de duas semanas atrás. Pelo que parece, ela provavelmente continuará a oscilar por várias semanas."
O gravitômetro da Universidade Nacional Australiana está no porão do observatório de Mount Stromlo, próximo à capital Canberra, e é parte de um projeto de geodinâmica global estabelecido após os grandes terremotos ocorridos durante os anos 1960.
Logo após o terremoto, cientistas americanos levantaram a hipótese de que o fenômeno tenha acelerado a rotação da Terra --encurtando a duração dos dias em uma fração de segundo-- e causado uma pequena alteração no eixo terrestre.
Richard Gross, um geofísico do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial americana), calculou que um deslocamento de massa na direção do centro da Terra durante o terremoto faria com que o planeta girasse três milionésimos de segundo mais rápido e deslocasse seu eixo em 2,5 centímetros.
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Duas semanas depois, a Terra ainda está vibrando por conta do grande terremoto submarino nas proximidades da Indonésia que disparou o tsunami responsável pela devastação na Ásia e na África, dizem cientistas australianos.
A Universidade Nacional Australiana declarou que as reverberações eram similares em sua forma à conhecida vibração de um sino, só que sem o som. Segundo a instituição, esses sinais foram captados por instrumentos de monitoramento gravitacional.
"Essas não são coisas que vão tirar você da cadeira, mas são coisas que os instrumentos que estão ao redor do mundo podem medir rotineiramente", disse o pesquisador Herb McQueen. "São certamente superiores às vibrações de pano de fundo que a Terra está normalmente acostumada a experimentar."
O terremoto de magnitude 9 na escala Richter, o mais forte em 40 anos, partiu da costa da ilha de Sumatra, na Indonésia, em 26 de dezembro. O tsunami resultante eliminou mais de 156 mil vidas.
McQueen disse que as oscilações estavam desaparecendo e nos níveis atuais eram equivalentes a cerca de um milímetro de movimento vertical da superfície.
Imediatamente após o terremoto, a oscilação era provavelmente na casa dos 20 a 30 centímetros, que é a tipicamente gerada na Terra pela ação gravitacional do Sol e da Lua (responsável pelas marés nos oceanos).
"Esse terremoto em particular, porque foi dez vezes maior que a maioria dos grandes terremotos recentes, continua a reverberar", disse McQueen. O mesmo efeito seria esperado de qualquer outro terremoto com força similar.
"Ainda podemos sentir um sinal contínuo da Terra vibrando como resultado do terremoto de duas semanas atrás. Pelo que parece, ela provavelmente continuará a oscilar por várias semanas."
O gravitômetro da Universidade Nacional Australiana está no porão do observatório de Mount Stromlo, próximo à capital Canberra, e é parte de um projeto de geodinâmica global estabelecido após os grandes terremotos ocorridos durante os anos 1960.
Logo após o terremoto, cientistas americanos levantaram a hipótese de que o fenômeno tenha acelerado a rotação da Terra --encurtando a duração dos dias em uma fração de segundo-- e causado uma pequena alteração no eixo terrestre.
Richard Gross, um geofísico do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial americana), calculou que um deslocamento de massa na direção do centro da Terra durante o terremoto faria com que o planeta girasse três milionésimos de segundo mais rápido e deslocasse seu eixo em 2,5 centímetros.
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