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31/01/2005
-
12h55
JOSÉ EDUARDO RONDON
da Agência Folha
Em uma parceria entre a Agência Aeroespacial Alemã e a Unesp (Universidade Estadual Paulista), cientistas brasileiros e de outros sete países estão reunidos em Araçatuba, interior paulista, para um estudo sobre os efeitos que o óxido de nitrogênio liberado por raios podem causar ao homem e à camada de ozônio.
Até o dia 25 de fevereiro, pesquisadores de Dinamarca, Alemanha, Suíça, Reino Unido, Rússia, Itália, França e Brasil farão estudos de quantificação e qualificação de gases provenientes de raios. Para isso, realizarão medições a bordo de três aeronaves.
A parceria entre a universidade paulista e a agência alemã faz parte de um projeto denominado Troccinox (sigla inglesa para experimento de convecção tropical, cirros e óxidos de nitrogênio), que, segundo o diretor do Ipmet (Instituto de Pesquisas Meteorológicas) da Unesp de Bauru e coordenador-científico da parte nacional do projeto, Roberto Vicente Calheiros, custou aos europeus cerca de R$ 35 milhões.
A região de Araçatuba foi escolhida por fazer parte de uma área considerada de máxima ocorrência de raios, informou Calheiros.
Uma das aeronaves, um M-55 de fabricação russa, voará a cerca de 20 mil metros de altitude, e foi aparelhado com equipamentos para captar dados na estratosfera (camada alta da atmosfera).
Além da aeronave russa, um Bandeirante brasileiro e um Falcon da Agência Aeroespacial Alemã farão a coleta de dados relacionados à composição dos raios.
No Falcon será utilizado um radar a laser que é capacitado para fazer o perfil de vapor d'água na atmosfera --ou seja, saber como se distribui a umidade no ar--, que, segundo Calheiros, é inédito no Brasil.
Voltímetros
Além do radar, as aeronaves contam com sistemas de bordo que são capazes de fazer medidas das descargas por amostragem. "É possível, por intermédio dos componentes instalados nas aeronaves, uma quantificação e qualificação dos gases provenientes dos raios", disse Calheiros.
Além das aeronaves, na região de Araçatuba estão instalados cinco sensores de superfície e radares que ajudarão os cientistas a identificar áreas com possível ocorrência de tempestades.
Após o término dos trabalhos, um conjunto completo de dados decodificados pelos cientistas será enviado aos ministérios da Defesa e da Ciência e Tecnologia e ao banco de dados da Agência Aeroespacial Alemã.
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da Agência Folha
Em uma parceria entre a Agência Aeroespacial Alemã e a Unesp (Universidade Estadual Paulista), cientistas brasileiros e de outros sete países estão reunidos em Araçatuba, interior paulista, para um estudo sobre os efeitos que o óxido de nitrogênio liberado por raios podem causar ao homem e à camada de ozônio.
Até o dia 25 de fevereiro, pesquisadores de Dinamarca, Alemanha, Suíça, Reino Unido, Rússia, Itália, França e Brasil farão estudos de quantificação e qualificação de gases provenientes de raios. Para isso, realizarão medições a bordo de três aeronaves.
A parceria entre a universidade paulista e a agência alemã faz parte de um projeto denominado Troccinox (sigla inglesa para experimento de convecção tropical, cirros e óxidos de nitrogênio), que, segundo o diretor do Ipmet (Instituto de Pesquisas Meteorológicas) da Unesp de Bauru e coordenador-científico da parte nacional do projeto, Roberto Vicente Calheiros, custou aos europeus cerca de R$ 35 milhões.
A região de Araçatuba foi escolhida por fazer parte de uma área considerada de máxima ocorrência de raios, informou Calheiros.
Uma das aeronaves, um M-55 de fabricação russa, voará a cerca de 20 mil metros de altitude, e foi aparelhado com equipamentos para captar dados na estratosfera (camada alta da atmosfera).
Além da aeronave russa, um Bandeirante brasileiro e um Falcon da Agência Aeroespacial Alemã farão a coleta de dados relacionados à composição dos raios.
No Falcon será utilizado um radar a laser que é capacitado para fazer o perfil de vapor d'água na atmosfera --ou seja, saber como se distribui a umidade no ar--, que, segundo Calheiros, é inédito no Brasil.
Voltímetros
Além do radar, as aeronaves contam com sistemas de bordo que são capazes de fazer medidas das descargas por amostragem. "É possível, por intermédio dos componentes instalados nas aeronaves, uma quantificação e qualificação dos gases provenientes dos raios", disse Calheiros.
Além das aeronaves, na região de Araçatuba estão instalados cinco sensores de superfície e radares que ajudarão os cientistas a identificar áreas com possível ocorrência de tempestades.
Após o término dos trabalhos, um conjunto completo de dados decodificados pelos cientistas será enviado aos ministérios da Defesa e da Ciência e Tecnologia e ao banco de dados da Agência Aeroespacial Alemã.
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