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22/02/2005 - 17h09

Especialistas em saúde humana e animal lutam juntos contra a gripe das aves

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da France Presse

A ameaça que a gripe das aves representa para a economia rural asiática e para a saúde mundial obriga médicos e veterinários a trabalhar de forma coordenada para impedir uma catástrofe a longo prazo.

Às vésperas da abertura, em Ho Chi Minh, de uma conferência regional sobre o vírus H5N1, que matou 45 pessoas na Ásia desde o fim de 2003, os especialistas admitem que as duas problemáticas estão muito ligadas.

"Vamos olhar, ao mesmo tempo, para as perspectivas na agricultura e na saúde pública", explicou Hans Troedsson, representante em Hanói da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"É um problema que envolve vários setores. Devemos solucioná-lo a longo prazo, especialmente no setor agrícola. Do contrário, reapareceriam focos humanos similares nos próximos anos", acrescentou.

Esta análise é compartilhada por Joseph Domenech, diretor de saúde animal na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

"Trabalhamos simultaneamente na fonte (da doença) contra os focos animais e com a prevenção de uma catástrofe humana", resumiu.

Os cientistas garantem há tempos que outras epidemias são inevitáveis, enquanto perdurar a promiscuidade entre humanos e animais em todo o território asiático.

Na Ásia, bois, vacas, porcos e frangos vivem lado a lado com os humanos, favorecendo a transmissão de doenças e a mutação dos vírus.

"Precisamos de uma colaboração estreita entre ministérios da Agricultura e da Saúde e a separação entre aves e homens é uma chave para nosso futuro sucesso", admitiu Bui Quang Anh, diretor do departamento de saúde animal do ministério da Agricultura.

"Devemos reformar a criação de aves para proteger os homens. A saúde humana é mais importante que tudo", acrescentou.

A conferência de Ho Chi Minh, organizada de forma conjunta pela FAO e a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) se realizará a uma hora do delta do Mekong, cujos criadouros foram devastados pelo vírus, e no coração de uma cidade de mais de 7 milhões de habitantes, onde a criação de aves está proibida.

A 56 km da antiga Saigon, a província de Long An teve que eliminar 300 mil aves desde o fim de dezembro de 2004. Uma menina de 10 anos, oriunda da província, morreu em 10 de janeiro depois de seu exame para o vírus H5N1 ter sido positivo.
 

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